Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Alarmes Activos

E lá estou mais uma vez a falar com o meu cérebro,
não me intitulo de poeta,
não me intitulo de artista,
sou um rapper dos descosidos sentimentos,
que vou sentido e reconectando,
entre o céu, o coração e a terra,
na conecção existe alguém que se acha DEUS,
aparece o cérebro a querer mandar,
a rebentar os balões dos sonhos,
raio do cérebro que toma a triste decisão,
que a melhor maneira de travar a dor,
é pensar e repensar nos sentimentos,
afogando-o em questões e mais questões...
até conseguir...
colocar-me louco, completamente louco,
cheio de incógnitas,
e coloca-me a rappar noite fora,
até o céu raiar e depois de mais uma noite,
de fumo, álcool e berros dentro da minha cabeça,
os sentimentos no aurora se esfumam,
e mais uma vez ganha o CÉREBRO,
maldito cérebro que coloca regras,
que coloca leis e mandamentos,
os meus sentimentos querem viver,
sonhar e sentir,
estou confuso, porque os sentimentos soltaram os alarmes,
alarmes da vida, alarmes da felicidade,
mas o raio do cérebro entende em desligar o sistema,
e dizer para acalmar,
para não viver o momento,
para não ser o momento,
e como não poeta,
e não artista,
a tinta passa e repassa neste triste rap,
da minha conversa com o Céu, o coração e a terra...
onde quem ganha...
é o CÉREBRO...
A destruição das doutrinas mágicas dos poetas,
trovadores do amor,
sonetedores da dor,
que nos historiaram séculos em séculos,
e no final quem ganha...
não é a alma...não é o sentimento,
e vou continuando a rappar as conversas,
que tenho perdido no espaço e no tempo,
pode ser que ao falar com a minha cabeça,
ela entenda as mensagens,
e deixe de desligar os alarmes...



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