Por muito que eu tente,
existem coisas que me ultrapassam,
vontades que não controlo,
quereres que me apaixonam,
por mais que tente,
por mais que queira,
a vida manda em mim,
e eu perco tudo,
no fim perco o controle de tudo,
por muito que tente,
existem coisas que a vida manda e remanda,
e eu já não quero saber de nada,
não preciso de nada,
não preciso de ninguém,
porque no fim nada tenho,
e no fim, olharei a lua,
lua cheia,
num monte de vendavais,
onde o mundo acaba,
e um poçosem fundo é para onde posso ir,
num mundo onde não tenho nada,
num mundo que o que possa querer,
não irei poder ter,
fico reflectido numa janela,
fumo um charuto da desonra,
num mundo onde a honra não interessa,
e por muito que queira...
NO FIM PERCO TUDO,
NO FIM PERCO A VONTADE,
A MARCA DE SER A PROPRIEDADE DO QUE QUER QUE SEJA,
sou eu propriedade da desgraça,
tente ou não partir a corrente que me liga a desgraça,
no fim nunca importa...
no fim nada importa...
porque vá por onde vá...
não será por onde eu devo ir,
não será por onde eu quero ir,
e no fim...
PERCO-TE A TI, PERCO-ME A MIM,
porque queria ter a vontade de querer,
mas o querer não é poder,
e no fim perco tudo,
no fim perco a vontade...
de ser.
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