Livro "Quimeras Desconcertantes"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estou para ti

Podes brilhar...
podes até fazer sonhar quem passa,
e tocas os homens com os teus sonhos,
podes ser sol na noite,
e luar no dia,
mas para mim não brilhas,
se na confusão de uma vida,
tens medo de viver,
medo de amar,
medo de sonhar,
podes brilhar luares cheios de vida,
podes brilhar imensidões de lagoas perdidas,
que para mim...
se tens medo...
não brilhas...
és estrela que se apaga,
és alma que não marca,
és vida que se perde nas gotas de um oceano,
se tens medo...
não podes te tatuar em mim,
se tens medo...
não podes atingir o infinito...
já que na sede deste infinito,
parece que a sede só se mata em mim,
porque na infinidade desta imensidão,
sorver as tuas lágrimas,
poderia se não tivesses o medo...
e misturar te em mim,
sendo uma só alma nestes luares desencontrados,
mas se tens medo...
podes até ser genial,
e saber a formula da imortalidade...
que eu prefiro a mortalidade,
nos braços de um grande amor...
Eu não tenho medo...
e posso descer a subir...
que quem caí também se levanta,
e do ultimo piso ninguem cai,
por isso...
Se tens medo...
não me tocas,
se receias,
não me tatuas,
se desejas não terás,
se na imensidão de uma vida,
te restringes a um cubiculo onde só estás tu e tu.
Nós fomos feitos para amar,
nós fomos feitos para ser génios,
nos corpos um do outro...
almas gémeas,
almas sidérias,
almas sedentas,
se tudo está mal...
é porque na sede existe o medo...
medo de não ser,
medo de não ter,
medo de não pertencer,
aqui, alí ou além...
mas haverá um aquém
a que pertence o nosso coração...
se nessa exactidão,
não haja o receio...
de ser menos que na razão.
E na prontidão...
de quem sonha mais além...
eis que surge...
o anjo...
para dizer...
estou aqui...
estou para amar...
estou para sonhar...
estou para ti.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Poema declamado - Não Digas o Meu nome...

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Cruz no vale

Estou tão cansado...
cansado de levantar-me para cair...
cansado dos sonhos que só vivem em mim,
não são reais,
não são mais do que lágrimas ao fim de cada dia,
gritos ao entardecer de uma lua cheia...
são magos cansados, magos perdidos,
magos da noite, sombras do dia,
não sou ninguém, em cada século que passa,
poeta ultra-romantico,
coração nada brando,
coração nada meigo,
para comigo... que... só quería...
o que não existe,
o que não se sente,
o que so vive dentro de mim,
o que não perdura para além do meu olhar,
o que está perdido num capitulo que tenho por escrever,
repleto de folhas brancas,
repleto de exclamações, e alegorías,
repleto de palavras ocas, inexistentes...
porque tinha eu que nascer a sentir...
porque tinha eu que nascer a ter esta sede,
porque tinha eu de vir do além mar,
quando naquelas montanhas eu era tão feliz,
porquê na Epopeia do sonho,
nasci...para morrer.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Presa no olhar

No erotismo de pecados,
susurras o meu nome,
dizes que me amas,
mas foges,
imploras que não te olhe,
porque no olhar hipnotizo a tua alma...
e na imensidão do meu nome...
ficas a amar...
o momento,
o sentimento,
a música que esta a dar,
o perfume que te esta a tocar,
as mãos que esculpem o teu corpo,
os sonhos que lês nos meus olhos...
não querias olhar...
porque agora...
fazes tu parte...
deste olhar...

Carrossel de momentos

Eu sinto o que sinto,
na imensa perdição,
Coração de ilusão...
coração de razão...
coração mago...
coração triste...
coração imenso...
coração inerte,
que se prostra em cada penhasco,
julgando ser ali a sua hora e o seu momento,
coração desiludido...
coração iludido...
por ti, por mim, e por nós,
que bailamos em ilusões,
que foram escritas em cadernos de mercearia,
e o meu novo capitulo,
escrito a letras de ouro,
continua a espera que eu o abra...
e o escreva...
num futuro, que se escreve e reescreve,
tremendo carrossel de sentimentos,
ditarão os dogmas deste meu coração,
que dança um tango ao som do teu respirar,
ele puxa aperta, e gira,
em torno de cada teu olhar.
E quando tu sorrires,
eu irei chorar,
quando tu chorares eu irei sorrir...
seremos o equilibrio,
seremos sonhos em brocados de vida pintado,
quadros a pastel ou carvão,
mais do que ilusão,
mais do que pausas fotográficas,
serão beijos arrancados
em cada compatibilidade de lábios,
serão vidas cruzadas,
em cada esquina de viagens,
onde te amarei até ser dia,
onde as tuas mãos me prendem os punhos,
e a tua alma me prende o aroma,
trincas-me o corpo,
arrepias-me os sentidos,
neste carrocel de sentimentos,
que vai e vem e não para de arrepiar,
e quando te deixar,
o teu perfume tatuado no meu corpo,
continuará a enlouquecer-me
até ao segundo,
que poder voltar a perder todos os minutos,
na minha dança no teu corpo,
na minha cançao da tua alma
E na solidão,
sinto o teu olhar prostar-se em mim.
quente e sedento de vida...
e a ansiedade...
de correr para ti...
é maior do que a ansiedade...
da sede de infinito que me marca a viagem...
afinal...
...a sede...é saciada nos teus lábios...
lábios de Afrodite,
corpo de vénus,
tu és a loucura escrita a negrito no meu coração,
tu és a razão de não dormir,
tu és a razão de não acordar,
tu és a razão deste carrossel que teima em não parar...
Carrocel louco, de jogos de vidas,
de pilotos de sonhos, de compositores de quimeras,
e nestas metas que não existem corro sem fim...
na direcção da tua mão...
Dá-me a mão...
dá-me o coração,
dá-me a razão,
que nesse carrocel que não pára...
o teu corpo será o meu violoncelo,
os teus seios o meu violino,
o teu vibrar a minha música...
eu vou enlouquecer os teus sentidos,
corpo a corpo, alma a alma,
cinderela de momentos,
donzela de sonhos,
vou-me perder em ti,
vou-me encontrar nos teus seios,
vou-me apaixonar nos teus lábios,
e vou viver no rasto que deixas,
nas longas caminhadas,
que deixas pela vida...
nas longas caminhadas,
que deixas nos luares.