Livro "Quimeras Desconcertantes"

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Na Senda do amor

Eu posso sentir,
e até nem saber o caminho de onde vi,
desconhecer com quem me cruzei,
e riscar a vida para além das minhas mãos,
negar me a mim mesmo,
negar os meus gestos,
negar os meus gritos,
e as lágrimas que correram,
senti-las enterradas,
mas amor infinito,
não nego,
que te quero aqui ao meu lado,
a sentir o que eu sinto,
a viver as paisagens que eu pinto,
nestas telas brancas a beira mar,
ter te de dedos cruzados,
almas enlaçadas,
lábios sedentos do teu sabor,
cheiro que tem dons inauditos,
nao sei por onde irei...
não sei por que caminho chegarei lá,
sei que na sede de infinito,
o infinito vai me abrir portas a outro infinito,
mas na imensidão deste infinito,
vou tocando violino,
na imensidão da tua alma,
ao toque da tua harpa,
irei procurar os teus olhos,
e neles vou ver a pauta da minha musica,
nos teus labios as notas do meu violini,
e na garra da tua magia...
a senda... do amor...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por ai...real

Tu entendes-me...
tu percebes-me...
preciso de te alcançar nem que seja num beijo,
numa madrugada embrulhada,
Tu entendes-me...
tu percebes-me...
preciso de criar ficção verdadeira,
preciso sentir-te os teus seios,
sentir o teu corpo contorcer-se
e na paixão louca de uma noite,
em que o dia se funde com a noite,
e os nossos corpos se fundem em celebração,
celebração do amor, celebração da vida,
e por onde quer que eu vá,
amarei-te com a paixão,
que faz me acordar de manhã,
com o esplendor da noite,
a clamar pela noite de amor...
que se eterniza em cada beijo,
que se eterniza no toque dos lábios,
e quando sonhares,
que esse sonhos sejam doces,
doces de pecados,
doces de amores,
perdidos em mim,
num perfume que perdure num abuso,
de sentidos, puxados ao infinito,
e no infinito,
voltar a dizer...
doces sonhos que tu e eu trocamos,
reais e irreais,
sempre na busca do amor,
este que temos em mãos,
este que queremos viver...
e nesta imensidão,
iremos viver
eternas ilusões,
bem reais no corpo um do outro,
na troca de paixões,
em lençóis de puro cetim,
amando...
por aí...nu e cru.. e REAL.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eternamente Apaixonado

Pressinto-te longe...
queria-te bem perto...
pressinto-te noutro curso...
vem para o meu...
pressinto-te a navegar...
quero-te a velejar,
pressinto-te madrugada fora,
percorre-a a meu lado,
da-me a mão,
agarra-a,
crava-a,
funde-a na minha...
funde-te em mim...
e podem vir as ondas,
pode vir o mar...
encrespado depois da hora...
eclipses lunares brilharão à tua luz...
sons do além, e até a maré aquém da vida...
ter-te aqui e agora...
poder beijar teus lábios,
poder sentir rendados carinhos,
poder sentir rendados sons estrelados,
e em cada som que me dedicares eu irei dizer-te:
não desistas...
eu irei amar-te até o sol explodir e a terra se quebrar,
não desistas,
o caminho é o raiar do teu brilho eternizado no meu coração,
porque tu és amor a nascer das minhas veias,
nao desistas,
abre o teu peito, deixa la morar o meu coração,
porque tu és razão do meu olhar,
razão do meu sopro e no dia que fechar os meus olhos,
quero-te levar no olhar,
não desistas,
este é o nosso caminho, a nossa sina,
o nosso destino, diz que me amas,
e em cada letra ama-me mil vezes,
e em todos os sopros do silencio eu jurarei,
que nunca te vou magoar porque estou...
eternamente apaixonado...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pulsar do sorriso

Como um torpedo de fogo,
coberto de sonhos enlouqueço,
pernoitando no teu corpo...
em cada segundo que me perco,
nos carros que passam na rua...
fico a aguardar o teu passar,
fico a aguardar o teu perfume,
que me desperte na perdição,
de te sonhar acordado,
que me desperte dos beijos,
desgarrados d'almas,
desgarrados de vidas,
são eles maior do q'homens,
são eles sentimentos a valsar,
ao toque dos teus lábios,
ao pulsar do teu sorriso,
são eles imortais,
vencem a vida e a morte,
eternizando-se em mil poemas,
e em pinturas de cores sépia,
e quando me tocares...
toca-me de vagarinho...
para acordar sonhando...
de encontro aos teus lábios.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Maria

Com ar de quem navega sozinha,
Ar de quem não sabe o que sente por nós,
Ar de mistério perdido no além…
Deixa-nos a sonhar, a vibrar, a encantar,
Que a chuva abençoe um beijo,
O céu e o mar façam eclipses lunares,
E no perdurar, perduro no teu olhar,
Em que fico a vê-lo a pensar…
Ele não pensa em nada…e pensa tudo enlouquecer,
És já maga dos meus pesadelos,
És já feiticeira das brumas que me capturou…
Ando a arder, a sonhar, por mundos mágicos…
Maria…encaixo-te na minha alma,
Siderado pelos momentos que te toco…
E antes que me quebres…
Tatuo-te em mim, e agarro-te no meu coração,
Para não teres de fugir…porque não o queres…
Para também te enlouqueceres,
Para vibrares neste meu siderado olhar,
Olhar apaixonado, olhar embriagado por cada gesto…
Por cada momento quebrado no silencio do nosso toque,
Por cada magia que acontece quando a lua já vai alta,
Voltei a amar, voltei a sonhar, voltei a sentir…
O sangue a correr em mim…
A vida a nascer a cada perfume da natureza…
Voltei…
A estar vivo.