Livro "Quimeras Desconcertantes"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os predicados d'alma

Sentir um quebrar de asas,
Sentir um rasgar de hastes,
Sentir que tanto sou,
E que afinal nada sou,
Mestrado e Engenheiro,
De várias artes e ofícios,
Mago de sonhos e de vontades,
QI elevado como os sonhos da sua alma,
Pintor e escritor,
Musico e Fotografo,
Actor nalguns perdidos palcos,
Poeta na vida, poeta na alma,
Poeta no coração,
Alma ultra romântica,
Alma ultra apaixonada,
O carinho é a sua bandeira,
A dedicação o seu estandarte,
A paixão outra das suas artes,
Na entrega como ninguém,
Enlouquece se a si mesmo,
Nos beijos da boca de alguém,
E nesse alguém,
Que tinha por sonho…
Ser uma única mulher…
A mulher poetiza d’alma,
A mulher dulcinea,
A mulher vida,
A mulher morte,
A mulher diva, deusa,
De todos os seus recantos…
Afinal…
O que queres de mim?
Por onde queres ir?
Não me deixes cair…
Não me deixes morrer…
Na desgraça do não sonhar de todos
Os não sonhadores…
Não me deixes ser igual,
Não me deixes perder a magia que vai nos meus olhos,
Eu ainda tenho o sonho de menino…
Afinal o que queres de mim?
Não me deixes deixar de ser…
Não me mates o sonho de menino…
Eu não te deixarei nunca cair…
Agarra-te a mim…
De todos os predicados…
Que possa eu ter ou não ter…
Nenhum me enche ou preenche…
Eu só quero o grande amor…
Eu só quero…
O eterno amor…
A teu lado.

Escritos ao vento

Romeu e Julieta,
A historia que persigo a historia que respiro,
Pode ser ironia da vida ou ironia do sonho,
Mas só sonho amar,
E só no amar sonho….
E na vida do sentir…
E no sentir da vida,
Sinto-te neste sonho,
E quero não enterrar este sonho,
Sendo que o enterrar deste sonho,
É o enterrar da minha vida e do meu sonho,
Erguer sepultura a minha alma,
Enterrar meu corpo,
E rasgar os meus escritos ao vento…
Para quem os quiser apanhar…

O amor e nós

Eu sei o que quero,
Tu sabes o que queres?
Então valsa ao meu ritmo,
Valsa na pureza de viver,
Não vês que é ai que és feliz,
Nada temes, nada deves,
E podes respirar em paz e viver…
A dançar comigo pela noite dentro,
Ate que o sonho continue no dia a seguir,
E nessa dança de passos compassados,
Em corações de ritmos acelerados,
Vamos amando vivendo,
E respirando amar,
Até o amanhecer do dia num luar,
Que iluminará a tua face e a minha,
No mesmo beijo da noite,
No mesmo beijo do dia,
e…
apaga-me as lágrimas do passado e presente,
valsa comigo todos os dias,
alimenta-me a esperança…
alimenta-me a alma…
alimenta a tua alma deste sonho,
renasce como Fénix,
renasce por magia,
tu que és especial,
tu que és única,
faz-nos dançar,
faz-nos beijar,
faz-nos amar,
e nesta musica,
que só nos ouvimos,
deixa-te ir nos meus braços,
deixa-te ser sendo minha,
sendo eu teu,
sendo nós do amor…

Morte d'alma

É uma dor que nasce,
Rio que navega sem fim,
Corrói a alma e mancha a vida,
Almas sem escrúpulos e sem honra,
Transformam-se em pedras e calhaus,
No caminho dos sonhos,
Pernoitam nos olhares dos estranhos,
E no seu egoísmo,
Negando Deus, … Ateus..
Adoram o diabo e as suas tentações,
Pela sua felicidade matam, desventram,
Humilham e pensam-se homens…
Monstros dos sonhos,
Monstros das magias,
Deixam humilhantes ensinamentos aos seus filhos,
Deixam estranhas formas de ser,
Que no fim da vida só terão por companhia…
O manto de destruições que foram deixando…
E no dia do juízo final,
O fim das almas pecadoras,
O fim das almas desgraçadas,
Saberão que deixaram de rimar mal negaram a vida,
Saberão que no caminho do mais fácil,
Escolheram o mais difícil…
A morte d’alma…

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tornado de fragmentos

Faço mil filmes em toda a minha imaginação,
são milhares de pensamentos,
todos fragmentados,
todos perdidos,
de quem não quería estar a arder em desespero,
de quem quería nascer e morrer na tua alma,
são sentimentos explosivos e frios,
são pensamentos de dor,
alma parida em mágoa,
alma perdida em batidas,
de um qualquer Metrónomo,
que insiste em marcar a minha vida,
a uma batida descompassada,
numa hironia de quem sente demais,
e a vida lhe cede de menos,
se neste vulcão emocional,
que me corroi o pensamento,
não tenho direito a olhar a vida de frente,
e ela tende a rebentar com tudo o que sinto,
se neste ódio mordaz de querer tudo,
tenho no final de mais um dia,
o ódio de tudo o que faço,
a podridão de tudo o que quiz realizar,
porque quero e não tenho,
porque sonho e roubam-me os sonhos,
rasgando-me cada carta que escrevo,
sem aos menos as lerem...
sem ao menos as sentirem...
e em cada linha desprezada e queimada,
na lareira de uma qualquer divisão deste mundo,
eu estou a olhar para ti da rua,
de onde passeio a olhar para ti,
de onde desejo sonhar contigo,
num sonho que não doa,
num sonho que me devolva as asas,
estas que insistem em arrastar pelo chão,
como um qualquer anjo caído,
que tinha tudo para voar,
e cai a cada dia que passa,
porque se sente odiado,
sente-se não amado,
não querido,
nem sequer abençoado...
porque as asas que lhe deram,
parecem não ter destino voar...
quero rasgá-las,
quero matar o sentimento de vida que tenho...
quero não sofrer, não sonhar...
morrer frio como as almas que rodeiam os meus olhos,
mas...
sei que não é isso que quero...
sei que não é a friesa que quero que me abençoe...
quero ser abençoado pela explosão,
a explosão que parece estar encerrada dentro de ti,
a vida que te quiseram matar,
a vida que com um beijo quero renascer no teu olhar...
no teu olhar...
Esse olhar que me faz arder sem sequer me tocar,
esse olhar que me faz chorar sem magoar,
alma que beijo na testa sem luta,
alma a que me entreguei,
pela qual demanha até a noite,
sou escravo deste sentimento,
que posso até desconhecer o seu nome,
sabendo ser amor platónico, amor carnal,
amor pintado a pastel nas linhas que me perco aqui,
a ditar para o teclado,
este que vai me confrontando,
como se o ontem fosse o amanhã,
e o amanhã não tivesse chance para o hoje,
que pretendo conquistar,
que pretendo que me deixe de magoar,
e no amanhã,
como duas águias de fenix,
iremos voar bem juntos, bem unidos,
contra tornados e contra vulcões,
pelos impérios encantados do sol inca,
banhados pela magia dos deuses do aurora,
que nos abençoarão a cada voo,
que nos abençoarão a cada beijo,
que nos abençoarão a cada momento...
será que em breve poderei dizer isto...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Na Eternidade...Amar-te

A raça que me corre nas veias,
não clama por paz,
sangue em busca de sentir,
alma em busca de ser,
e ter-te...
na eternidade a partilha,
memórias que não terminam,
a cada dia que passa,
a cada ano que vira,
o livro não tem último capitulo,
vira e volta a virar,
no sonho de ser,
aquele sonho dos reis,
a magia dos contos de Shakespeare,
o cruzar do sentir,
o prazer de te amar,
a cada segundo que passo a viver,
a cada segundo que passo a amar,
cada pedaço da tua alma,
cada pedaço do teu corpo,
e quando o sepulcro me anoitecer,
vou dar graças a Deus e fintar o Diabo,
e das trevas renasço...
porque só no te amar...
está a minha alma.
sou maior do que a dor,
sou maior do que a morte,
eu e a minha espada de brumas,
contra os castelos cobertos de moinhos,
luto contra eles,
luta contra os montes e vales,
eles não me impedem de ser,
eles não me impedem de amar-te...
ETERNAMENTE,
Amanhecendo todos os dias no teu olhar,
Anoitecendo todos os dias no teu vibrar,
e nesse percurso que vou percorrendo,
com o teu calor no meu peito,
vou gastando cada segundo a amar-te,
cada segundo não pode ser desperdiçado...
já que a eternidade...
consegue ser tão ínfima,
para toda a Eternidade que te quero amar.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O tocar no solo

É no desfolhar,
deste livro de recordações,
onde vejo os riscos que corri,
os planos que perdi,
e os sonhos que congelaram no passado...
Agora quero arriscar,
agora quero voltar a brincar,
com o sonhar e o amar,
quero voltar a sentir o coração disparar,
quando o som do sino a bater nas treze horas,
horas de ouvir,
todos os planos a entoar,
todas as trocas de sentimentos que perfilhamos,
e as vozes que conjugamos,
no céu raiado de arco-iris,
podemos cair,
podemos sofrer,
mas de mãos dadas iremos ser,
na caminhada que vamos percorrer,
beijar até o por do sol,
ao tocar solo nos abençoar,
todo o amar que vai nos nossos olhares...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Perdi-me agora e sempre, Ámen

Falam-me de amor...
Falam-me de sonhos,
eu ingénuo nos passos,
ingénuo na vida...
acredito em tudo, acredito em todos,
entrego-me de peito aberto,
e no fundo...
mais um reboliço,
mais uma quimera,
mais uma página rasgada,
no meu diário das mágoas,
como cromo de alguém...
ficam com os meus cromos,
ficam com os meus sonhos,
e eu perco os pesadelos,
perco todas as linhas e todas as palavras,
são elas comidas na desarmonia que dita as ligas da vida,
e eu que não sou de cã,
tenho de levar com estas regras,
de jogos de amores e desamores,
de quem não quer o verdadeiro amor,
e eu que não quero andar nesta teia,
que não quer ser enegrecido nesta podridão de sentimentos,
levo com eles todos,
no chão do meu quarto,
no chão da minha vida,
rasgam-me os sonhos,
rasgam-me a alma,
e nem se importam,
os seus enlaces são atingidos,
os meus enlaces ficam nas brumas de um umbral,
que é o inferno da minha vida,
e começa a ficar cheio de macabros esqueletos,
que começam a matar qualquer vida, e qualquer sentimento,
que de tão puro, ninguém percebe,
e perco-me no meu perder,
perco-me nas tuas palavras,
perco-me nos teus gestos,
e perdi-me.
perdi-me para todo o sempre,
perdi-me agora e sempre...
Ámen.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eu e Tu Afinal somos Nós

O que me faz bem,
o que te faz mal,
por onde caminho,
por onde segues?
se os sonhos estão cruzados,
se almas pegadas,
e as vidas não descolam,
as bocas cantam a uma só voz.
por onde pensas tu ir?
leva-me contigo...
leva-me pelas trevas,
visitaremos o umbral,
caminharemos ao pé das esfinges,
e no México rezaremos nos templos do Sol,
mas em cada segundo,
aprende que eu e tu...
temos as almas coladas,
valsamos em cada beijo,
em cada arfar na noite perdido,
e tu sentes-me em ti...
eu sinto-te em mim...
unidos...
apaixonados...
aclamando a uma só sinfonia,
o som do amor,
o som da vida,
e nesta voz...
aclamaremos...
que Eu e TU afinal somos NÓS...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fogo Versus Fogo

O fogo,
é a alma de quem sente,
o fogo é o traço de quem escreve,
o fogo que delineia tudo o que explode,
nele nos queimamos,
nele nos entregamos,
e mesmo quando um rio desagua,
e arde em explosão de lava...
tu e eu sentimos...
tu e eu desejamos,
que na extinção do fogo,
re-eclipse outro fogo,
o fogo combate-se com fogo,
e somos mais,
nós somos mais,
do que sentimos ou pressentimos,
somos vida pronta a renascer,
sempre em cada passo e em cada momento,
e quando pensares que o fogo está se a apagar,
olha para os leões a rugirem,
olha para os milhafres em voos picados,
e a selva explodir...
ela pressente...
vem aí outro fogo...
vem aí outra explosão...
aguarda...
no pressentir...
confia nos teus poros que se recusam a fechar,
transpiram sede de vitória,
transpiram sede de infinito,
e em cada traço que escreveres...
rasgarão linhas de fogo,
que ditarão fogos imensos,
muito mais do que eu e tu...
muito mais do que alguém possa,
alguma vez sentir ou pressentir,
a explosão colossal que te aguarda,
a explosão de sonhos e vida,
o rio de fogo cheio de sentidos,
cheio de sentimentos,
cheio...
de ti.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Esse...é eterno...

A tua boca,
doces movimentos,
doces palavras,
doces beijos...
aguardando, o céu abrir,
aguardando o meu tocar,
e quando as palavras faltarem...
que não faltem os olhares fixos,
que não faltem os movimentos de quem ama,
e quando as palavras se calarem,
num sepulcro final de uma das almas,
que não se calem os beijos,
etéreos no tempo e espaço...
que sejam clamados, e eternizados,
sobrevivam ao passar dos anos,
ao fim dos séculos...
que sobrevivam...
e provem...
que o amor...
aquele verdadeiro amor que clamo pelos sete ventos,
esse...
é eterno.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Faz-me acreditar

Podemos fingir que o céu toca as estrelas,
ou que as pinturas são a cores garridas,
e que a pastel é o passado que já lá vai,
e que o nosso suporte já esta aqui,
bem a nossa espera,
mas as lágrimas não param,
e o céu cai a nossa frente,
as montanhas abrem vales,
e no chão abrem-se brechas,
que nos fazem tremer...
que nos fazem sentir,
que as cores da vida...
são a pastel mesmo quando sonhamos,
não desisto...
mas a vida deixa-me cair...
deixa-me magoar,
e fico a chorar...
lágrimas de rio para o mar...
seja ele onde quer que seja...
POR FAVOR NÃO ME DEIXES CAIR,
não me deixes parar de sonhar,
não me deixes fazer sonhar as almas perdidas,
não me deixes... ser uma alma perdida...
uma alma perdida...
uma alma sem rumo,
uma alma que por acreditar demais,
voou demasiado alto...
a queda é demasiado alta,
o coração bate...
ao compasso das minha lágrimas,
elas levam-me para baixo...
elas fazem-me discordar...
que a vida...
é mais do que a sépia...
e que as cores a pastel...
ficaram pelo passado,
ficaram nas fotos negativas do tempo,
mas então?????
onde param as cores?
onde para a magia?
se eu me entreguei...
se eu me dei...
se eu voei... para o teu porto...
para o teu mar,
onde estão as cores?
por favor mostra-me o sol a brilhar,
e não me deixes cair,
não me deixes discordar...
e faz-me concordar...
que o arco-íris esta na minha vida...
por favor faz-me acreditar...
faz-me acreditar....

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Afinal o que sentes?

Afinal o que fiz...
Afinal o que sentías...
Afinal o que sentía eu?
Por onde vais?
Por onde permaneces?
não tinhas a tua mão na minha?
Porque me quebras se estou aqui?
porque me partes se tenho sonhado contigo?
Para onde me fazes ser...se já deixei de ser?
Por onde me empurras?
Por onde me fazes desistir?
sonhos perdidos? sonhos quebrados?
porque me magoas?
porque me magoas?!!!
por onde andas-te?
por onde andei?
o que pretendes de mim?
andava de peito aberto,
alma a sonhar,
asas ao vento,
sonhava com magia,
e vivia uma mentira?!
afinal o que é verdade?
se amavas então não me deixes caír,
faz-me voltar a respirar,
faz-me não deixar desacreditar,
que existem almas como a minha,
almas sonhadoras,
almas perfeitamente puras,
almas que voam,
de asas bem abertas,
que só querem alcançar o céu,
dá-me a mão,
e acredita...
eu nunca te deixarei caír,
eu nunca te deixarei perderes o teu voo,
então acredita em mim,
então acredita em nós,
então acredita na vida...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

És eternidade para além do infinito

Amar longe,
amar na eternidade...
o medo de quem tem tempestades no peito,
e lágrimas na face,
nasceu a sentir demais,
nasceu a querer o jamais...
afinal ama e quer ser amado,
ao toque da tua face.
As lagrimas caem, não de dor,
não de perda ou de desilusão...
caem de saudade,
saudade de te ter sempre ap pé do meu abraço,
saudade de te ter sempre num cruzar de de olhos,
e que no despontar de um beijo,
as lágrimas se calem,
os raios cubram o meu céu,
e os arco iris sejam de um milhão de cores,
isto só porque te tenho ali ao pé de mim,
isto só porque a minha pele toca a tua,
só porque as nossas almas dançam,
e o silencio deixou de ser a minha amante,
e a frieza do ranger do nada,
deixaram de ser os sons que ouço,
agora olho...
e vejo te a ti...
aqui ao pé de mim...
abraço-te,
beijo-te,
sinto-te,
eternizo-te em mim...tatuando-te na minha pele,
na minha alma já estas tatuada...
para além destas lágrimas,
para além destas palavras,
existe o que sinto por ti,
que ultrapassa todas as palavras que conheço,
a palavra amo-te, perde sentido,
quando o que sinto por ti é amo-te mil vezes,
em mil olhares,
em mil magias cruzadas,
e acordo...
acordo em frente ao computador...
procuro-te nem que seja um segundo...
para nesse segundo te sentir perto de mim...
e nesse segundo as lágrimas cessarem...
e como adolescente apaixonado,
sorrio com um ar inocente...
porque tu já és mais do que o meu infinito...
ultrapassas a eternidade para além do infinito...
quero-te a meu lado...
quero-te cuidar,quero-te amar, quero-te viver,
quero partilhar contigo todas as minhas quimeras,
realizar no nosso livro dos sonhos,
realizar no caminho das nossas vidas...
e recusar-nos...
a não ser mais além...
dentro da vida,
dentro da magia,
dentro dos sons que tocam lá fora,
dentro da magia que nos enche...
dentro da vida,
até que a morte me roube de ti...
e nem aí...
eu deixarei de estar a teu lado...
a amar-te...
em cada segundo...
a amar-te em cada sonho,
a amar-te em cada palavra que me digas....
porque tu já és mais do que o meu infinito...
ultrapassas a eternidade para além do infinito...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Na Senda do amor

Eu posso sentir,
e até nem saber o caminho de onde vi,
desconhecer com quem me cruzei,
e riscar a vida para além das minhas mãos,
negar me a mim mesmo,
negar os meus gestos,
negar os meus gritos,
e as lágrimas que correram,
senti-las enterradas,
mas amor infinito,
não nego,
que te quero aqui ao meu lado,
a sentir o que eu sinto,
a viver as paisagens que eu pinto,
nestas telas brancas a beira mar,
ter te de dedos cruzados,
almas enlaçadas,
lábios sedentos do teu sabor,
cheiro que tem dons inauditos,
nao sei por onde irei...
não sei por que caminho chegarei lá,
sei que na sede de infinito,
o infinito vai me abrir portas a outro infinito,
mas na imensidão deste infinito,
vou tocando violino,
na imensidão da tua alma,
ao toque da tua harpa,
irei procurar os teus olhos,
e neles vou ver a pauta da minha musica,
nos teus labios as notas do meu violini,
e na garra da tua magia...
a senda... do amor...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por ai...real

Tu entendes-me...
tu percebes-me...
preciso de te alcançar nem que seja num beijo,
numa madrugada embrulhada,
Tu entendes-me...
tu percebes-me...
preciso de criar ficção verdadeira,
preciso sentir-te os teus seios,
sentir o teu corpo contorcer-se
e na paixão louca de uma noite,
em que o dia se funde com a noite,
e os nossos corpos se fundem em celebração,
celebração do amor, celebração da vida,
e por onde quer que eu vá,
amarei-te com a paixão,
que faz me acordar de manhã,
com o esplendor da noite,
a clamar pela noite de amor...
que se eterniza em cada beijo,
que se eterniza no toque dos lábios,
e quando sonhares,
que esse sonhos sejam doces,
doces de pecados,
doces de amores,
perdidos em mim,
num perfume que perdure num abuso,
de sentidos, puxados ao infinito,
e no infinito,
voltar a dizer...
doces sonhos que tu e eu trocamos,
reais e irreais,
sempre na busca do amor,
este que temos em mãos,
este que queremos viver...
e nesta imensidão,
iremos viver
eternas ilusões,
bem reais no corpo um do outro,
na troca de paixões,
em lençóis de puro cetim,
amando...
por aí...nu e cru.. e REAL.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eternamente Apaixonado

Pressinto-te longe...
queria-te bem perto...
pressinto-te noutro curso...
vem para o meu...
pressinto-te a navegar...
quero-te a velejar,
pressinto-te madrugada fora,
percorre-a a meu lado,
da-me a mão,
agarra-a,
crava-a,
funde-a na minha...
funde-te em mim...
e podem vir as ondas,
pode vir o mar...
encrespado depois da hora...
eclipses lunares brilharão à tua luz...
sons do além, e até a maré aquém da vida...
ter-te aqui e agora...
poder beijar teus lábios,
poder sentir rendados carinhos,
poder sentir rendados sons estrelados,
e em cada som que me dedicares eu irei dizer-te:
não desistas...
eu irei amar-te até o sol explodir e a terra se quebrar,
não desistas,
o caminho é o raiar do teu brilho eternizado no meu coração,
porque tu és amor a nascer das minhas veias,
nao desistas,
abre o teu peito, deixa la morar o meu coração,
porque tu és razão do meu olhar,
razão do meu sopro e no dia que fechar os meus olhos,
quero-te levar no olhar,
não desistas,
este é o nosso caminho, a nossa sina,
o nosso destino, diz que me amas,
e em cada letra ama-me mil vezes,
e em todos os sopros do silencio eu jurarei,
que nunca te vou magoar porque estou...
eternamente apaixonado...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pulsar do sorriso

Como um torpedo de fogo,
coberto de sonhos enlouqueço,
pernoitando no teu corpo...
em cada segundo que me perco,
nos carros que passam na rua...
fico a aguardar o teu passar,
fico a aguardar o teu perfume,
que me desperte na perdição,
de te sonhar acordado,
que me desperte dos beijos,
desgarrados d'almas,
desgarrados de vidas,
são eles maior do q'homens,
são eles sentimentos a valsar,
ao toque dos teus lábios,
ao pulsar do teu sorriso,
são eles imortais,
vencem a vida e a morte,
eternizando-se em mil poemas,
e em pinturas de cores sépia,
e quando me tocares...
toca-me de vagarinho...
para acordar sonhando...
de encontro aos teus lábios.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Maria

Com ar de quem navega sozinha,
Ar de quem não sabe o que sente por nós,
Ar de mistério perdido no além…
Deixa-nos a sonhar, a vibrar, a encantar,
Que a chuva abençoe um beijo,
O céu e o mar façam eclipses lunares,
E no perdurar, perduro no teu olhar,
Em que fico a vê-lo a pensar…
Ele não pensa em nada…e pensa tudo enlouquecer,
És já maga dos meus pesadelos,
És já feiticeira das brumas que me capturou…
Ando a arder, a sonhar, por mundos mágicos…
Maria…encaixo-te na minha alma,
Siderado pelos momentos que te toco…
E antes que me quebres…
Tatuo-te em mim, e agarro-te no meu coração,
Para não teres de fugir…porque não o queres…
Para também te enlouqueceres,
Para vibrares neste meu siderado olhar,
Olhar apaixonado, olhar embriagado por cada gesto…
Por cada momento quebrado no silencio do nosso toque,
Por cada magia que acontece quando a lua já vai alta,
Voltei a amar, voltei a sonhar, voltei a sentir…
O sangue a correr em mim…
A vida a nascer a cada perfume da natureza…
Voltei…
A estar vivo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Durante a noite toda

Posso-te dizer a maneira como escreves,
a maneira como traças a perna,
e até a maneira como andas e sorris,
desenho-te de olhos fechados,
desenho-te a pinturas endoidecidas e contorcidas,
de sons e movimentos,
porque eu gosto...
gosto de cada respiração que me fazes sentir,
gosto de cada sentimento que sinto ao acordar,
das saudades que se abraçam a mim,
na hora que a cortina da noite,
se debruça sobre mim, sobre ti, sobre nós...
E não faz mal que custe amar,
e não faz mal que as coisas não corram,
como tu e eu desenhamos naqueles rabiscos da noite,
mas se naquele entardecer,
vamos de mãos dadas,
vamos de almas unidas,
assistir ao por do sol,
assistir ao nascer da lua,
fazer amor até as luzes se apagarem,
fazer amor até as luzes reluzirem nos sons,
esses que te fazem apaixonar pela vida,
sons da natureza,
sons das luzes,
sons da magia,
não existe dor, tristeza, que apague a grandeza,
de momentos como estes, nem dos sentidos mágicos,
que poeta das descozidas palavras,
que vou largando ao vento...
porque as vou sentindo...
porque as vou vivendo...
porque as respiro...
nos brocados das nossas almas...
E viramos a cassete do lado A para o B,
do B para o A...
durante toda a noite...
durante a noite toda...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Violinos da noite

Violinos dançam na negra noite,
tocam doces melodias,
em tons melancólicamente ditando promessas...
em notas que vibram a almas perdidas,
que se cruzam e descruzam na vida deste trovador...
Almas que endoidecem, lutam pelos seus direitos,
e no sofrimento dos sons lançados ao vento,
lá vamos outra vez até os sons afinarem,
lá vamos outra vez até a musica sair perfeita,
e agora... que os sons saiem com a força que desejo...
e agora... ...
Eu nasço, reviro-me e endoideço para capturar as notas,
elas que me fazem escrever e reescrever ao ritmo,
desse coraçao que sinto encostado no meu peito,
em corpos nús, só cobertos dos sonhos,
que jamais as sombras nos roubaram,
que jamais o pôr do sol nos fechou o dia.
E quando sentires a tua mão a vibrar,
segura na minha com a maior força possivel,
endoidece, e endoidece-me,
olha nos meus olhos,
olha na minha alma,
e nesse momento...
Deixa que os sonhos sejam nossos,
que as palavras se escrevam numa sintonia de batidas,
numa sintonia de sentimentos...
numa sintonia de corações...
e quando houver momentos,
em que as lágrimas são a cor da nossa escrita...
deixa te respirar a dor,
e agarra a minha mão,
eu irei viver cada lágrima a eu lado,
eu não sou super homem, ou sequer Deus,
sou um simples trovador,
errante como qualquer sonhador,
mas com o fervor que me corre nas veias...
podes ter a certeza...
estarei lá...
estarei para ti nesse momento.
E quando a escuridão parecer querer devorar-te,
e os momentos parecerem já não ritmar,
e as palavras já nem musica são,
são gritos de ajuda lançados num sétimo andar qualquer...

aí...

olha para mim,
pois estamos no mesmo caminho, na mesma rota,
o trilho é sincrono, se te doi, doi-me a mim,
se brilhas eu brilho,
se sorris, eu ireí sentir-me mágico,
porque fiz um arco iris brilhar,
serei mago, ...
porque ...
adoro a maneira como sorris...
adoro a maneira como sentes,
e quando as nossas mãos se cruzam...
quando os nossos corações pulsam,
nem preciso saber o teu nome,
nem preciso de saber o perfume que usas,
ele endoidece-me,
ele amanhece em mim,
permaneceu no meu corpo,
naquele cruzar de olhares,
onde danças-te dentro de mim,
onde te tatuas-te porque a vida brilhou dentro de ti...
tal como brilhou em mim...
tal como brilhou em nós...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Janela no Penhasco

Na desistência...
Ergues-te na magia...
Enlouqueces-te a ti e a mim.
E no penhasco,
rasgamos o teu vestido,
rasgamos as almas,
rasgamos os brocados que me cobrem,
corpos nús,
em luar abençoado,
uivamos nos céus da noite,
fazendo amor até amanhecer...
tu serás a minha sombra,
eu serei o teu pensamento,
tu viverás nas brumas do meu pensamento,
os corpos oscilam toda a noite,
em valsas encantadas,
em sonhos escritos e reescritos,
nestes papiros que juntos,
colocamos em garrafas e atiramos ao mar...
para que daqui a seculos,
milénios ou mesmo infinitos...
alguém a encontre...
noutro espaço, noutro tempo, noutra era...
e leia o que sentimos...
e leia que noutro tempo e noutro espaço...
alguém foi abençoado...
num penhasco...
duas almas...
em dois corpos...
tiveram o universo nas suas mãos,
pararam o tempo,
pararam o espaço,
e todo o mundo...
naquele preciso momento...
girou...
em torno de nós...
aves das noites d'Avalon...

sábado, 21 de agosto de 2010

Relato de um suicidio

Já nada me prende,
já nada me arrebata,
já nada me faz sonhar,
e no sonho morri,
Preparo as facas,
preparo o ritual,
com carinho por saber,
é este o ultimo dia da minha vida,
coloco as fotografias,
dos queridos e desequeridos,
a acompanhar o momento,
como uma fileira a assistir,
a uma pena de morte sentenciada,
ponho um incenso,
finalmente o meu coração sente-se feliz,
porque vai deixar de ser infeliz,
neste dia que é o ultimo dia,
de dores e guerras,
de sonhos perdidos e macabros,
no ultimo dia da minha vida,
coloco o meu melhor fato,
a musica em repeat do angel gabriel,
as lágrimas correm-me,
de uma alegria profunda.
Desligo os telemoveis,
tranco as portas,
e sorrio...
para mim...
para ti...
e para quem me vir...
Pego na faca,
e corto o pulso esquerdo...
sinto o sangue a sair...
não me doi...
sinto a sua temperatura quente,
a encher-me os braços,
pego na segunda faca...
ainda incolume de cor,
e corto o meu pulso direito...
neste dia...
que é o ultimo dia da minha vida...
fecho os olhos...
e choro...
neste dia...
que é o ultimo dia da minha vida...
solidão tremenda...
solidão vaticinando que não posso cá ficar,
vaticinando que sou mais no de menos,
e que não devia existir,
o meu karma,
de só encontrar,
quem não precisava de ser encontrado,
neste meu karma de amores e desamores,
perdidos e desolados,
agora enterro-os comigo...
neste dia...
que é o ultimo dia...
da minha vida...
e levo-te a ti...
sejas tu quem fores...
do meu passado, presente ou futuro...
onde não te encontrei...
e não te vou encontrar...
pois neste dia de solidão...
é o ultimo dia da minha vida...
sinto as forças a esvairem-se,
os braços a fraquejarem,
doi-me o corpo,
mas sorri a minha alma...
estás quase a partir...
estás quase a voar...
sem a prisão...
do corpo...
da mente...
da vida...
ONDE NÃO PERTENCES.

Mais um dia na solidão

E esta é a historia da minha vida,
discos riscados em discos pedidos,
acordo demanhã,
coração frio em noite de maresia,
mais um passo atrás de outro,
mais um dia na solidão de uma guerra,
onde os moinhos de vento vencem,
onde os sonhos que de tão gigantes,
foram explodidos pela solidão,
e para onde for,
levo-te no coração seja quem fores,
e para onde olhar estas comigo seja quem fores,
e vou a caminhar rua abaixo,
no meio da imensa multidão,
sozinho na minha vida,
sozinho no meu mundo,
gritando...
esta é a história da minha vida...
solidão na sobrevivência,
clamando demência,
para conseguir deixar de ter lágrimas,
a encher o meu oceano,
na demência serei feliz,
na ignorancia nao verei o disco riscado,
porque tive de abrir os olhos,
e ver que...
mais um dia que não existe,
mais um dia que passa,
mais um dia sozinho,
do resto da minha vida...

domingo, 1 de agosto de 2010

Reluzir na Escuridão

E se no sonho que reluz...
nos perdermos e nos sentirmos perdidos?
Será que a dança continua,
quando as estrelas parecem parar de brilhar?!...
e os sonhos parecem ter terminado,
a sua existência nefasta no nosso livro?!!
Será que poderemos encaminhar-mo-nos para mais,
do que o sentimento,
e mais do que a magia sentida num breve momento?!
Ou a vibração que sinto aqui neste momento,
é só fruto do meu coração que se perdeu,
antes mesmo de se encontrar?!
Será que somos mais que almas e menos que estrelas?!
Então porque em momentos brilhamos tanto,
e noutros...MORREMOS??!
Não sei qual o destino...
só sei que sinto a necessidade de vibrar mais,
do que tu e de que eu...
mais do que uma rocha ou uma lágrima.
Preciso chegar onde o céu consiga brilhar,
e o mar paire naquele perdido oceano...
que tende em dizer-me que não é o momento.
E eu respondo que por breves momentos,
nunca haverá o momento,
que seja o momento do céu, da terra, do ar...
e do fogo.
esse momento se existir... ?!
serei eu encontrado numa ignorância de não saber,
sentir de menos...
só viver demais...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estou para ti

Podes brilhar...
podes até fazer sonhar quem passa,
e tocas os homens com os teus sonhos,
podes ser sol na noite,
e luar no dia,
mas para mim não brilhas,
se na confusão de uma vida,
tens medo de viver,
medo de amar,
medo de sonhar,
podes brilhar luares cheios de vida,
podes brilhar imensidões de lagoas perdidas,
que para mim...
se tens medo...
não brilhas...
és estrela que se apaga,
és alma que não marca,
és vida que se perde nas gotas de um oceano,
se tens medo...
não podes te tatuar em mim,
se tens medo...
não podes atingir o infinito...
já que na sede deste infinito,
parece que a sede só se mata em mim,
porque na infinidade desta imensidão,
sorver as tuas lágrimas,
poderia se não tivesses o medo...
e misturar te em mim,
sendo uma só alma nestes luares desencontrados,
mas se tens medo...
podes até ser genial,
e saber a formula da imortalidade...
que eu prefiro a mortalidade,
nos braços de um grande amor...
Eu não tenho medo...
e posso descer a subir...
que quem caí também se levanta,
e do ultimo piso ninguem cai,
por isso...
Se tens medo...
não me tocas,
se receias,
não me tatuas,
se desejas não terás,
se na imensidão de uma vida,
te restringes a um cubiculo onde só estás tu e tu.
Nós fomos feitos para amar,
nós fomos feitos para ser génios,
nos corpos um do outro...
almas gémeas,
almas sidérias,
almas sedentas,
se tudo está mal...
é porque na sede existe o medo...
medo de não ser,
medo de não ter,
medo de não pertencer,
aqui, alí ou além...
mas haverá um aquém
a que pertence o nosso coração...
se nessa exactidão,
não haja o receio...
de ser menos que na razão.
E na prontidão...
de quem sonha mais além...
eis que surge...
o anjo...
para dizer...
estou aqui...
estou para amar...
estou para sonhar...
estou para ti.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Cruz no vale

Estou tão cansado...
cansado de levantar-me para cair...
cansado dos sonhos que só vivem em mim,
não são reais,
não são mais do que lágrimas ao fim de cada dia,
gritos ao entardecer de uma lua cheia...
são magos cansados, magos perdidos,
magos da noite, sombras do dia,
não sou ninguém, em cada século que passa,
poeta ultra-romantico,
coração nada brando,
coração nada meigo,
para comigo... que... só quería...
o que não existe,
o que não se sente,
o que so vive dentro de mim,
o que não perdura para além do meu olhar,
o que está perdido num capitulo que tenho por escrever,
repleto de folhas brancas,
repleto de exclamações, e alegorías,
repleto de palavras ocas, inexistentes...
porque tinha eu que nascer a sentir...
porque tinha eu que nascer a ter esta sede,
porque tinha eu de vir do além mar,
quando naquelas montanhas eu era tão feliz,
porquê na Epopeia do sonho,
nasci...para morrer.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Presa no olhar

No erotismo de pecados,
susurras o meu nome,
dizes que me amas,
mas foges,
imploras que não te olhe,
porque no olhar hipnotizo a tua alma...
e na imensidão do meu nome...
ficas a amar...
o momento,
o sentimento,
a música que esta a dar,
o perfume que te esta a tocar,
as mãos que esculpem o teu corpo,
os sonhos que lês nos meus olhos...
não querias olhar...
porque agora...
fazes tu parte...
deste olhar...

Carrossel de momentos

Eu sinto o que sinto,
na imensa perdição,
Coração de ilusão...
coração de razão...
coração mago...
coração triste...
coração imenso...
coração inerte,
que se prostra em cada penhasco,
julgando ser ali a sua hora e o seu momento,
coração desiludido...
coração iludido...
por ti, por mim, e por nós,
que bailamos em ilusões,
que foram escritas em cadernos de mercearia,
e o meu novo capitulo,
escrito a letras de ouro,
continua a espera que eu o abra...
e o escreva...
num futuro, que se escreve e reescreve,
tremendo carrossel de sentimentos,
ditarão os dogmas deste meu coração,
que dança um tango ao som do teu respirar,
ele puxa aperta, e gira,
em torno de cada teu olhar.
E quando tu sorrires,
eu irei chorar,
quando tu chorares eu irei sorrir...
seremos o equilibrio,
seremos sonhos em brocados de vida pintado,
quadros a pastel ou carvão,
mais do que ilusão,
mais do que pausas fotográficas,
serão beijos arrancados
em cada compatibilidade de lábios,
serão vidas cruzadas,
em cada esquina de viagens,
onde te amarei até ser dia,
onde as tuas mãos me prendem os punhos,
e a tua alma me prende o aroma,
trincas-me o corpo,
arrepias-me os sentidos,
neste carrocel de sentimentos,
que vai e vem e não para de arrepiar,
e quando te deixar,
o teu perfume tatuado no meu corpo,
continuará a enlouquecer-me
até ao segundo,
que poder voltar a perder todos os minutos,
na minha dança no teu corpo,
na minha cançao da tua alma
E na solidão,
sinto o teu olhar prostar-se em mim.
quente e sedento de vida...
e a ansiedade...
de correr para ti...
é maior do que a ansiedade...
da sede de infinito que me marca a viagem...
afinal...
...a sede...é saciada nos teus lábios...
lábios de Afrodite,
corpo de vénus,
tu és a loucura escrita a negrito no meu coração,
tu és a razão de não dormir,
tu és a razão de não acordar,
tu és a razão deste carrossel que teima em não parar...
Carrocel louco, de jogos de vidas,
de pilotos de sonhos, de compositores de quimeras,
e nestas metas que não existem corro sem fim...
na direcção da tua mão...
Dá-me a mão...
dá-me o coração,
dá-me a razão,
que nesse carrocel que não pára...
o teu corpo será o meu violoncelo,
os teus seios o meu violino,
o teu vibrar a minha música...
eu vou enlouquecer os teus sentidos,
corpo a corpo, alma a alma,
cinderela de momentos,
donzela de sonhos,
vou-me perder em ti,
vou-me encontrar nos teus seios,
vou-me apaixonar nos teus lábios,
e vou viver no rasto que deixas,
nas longas caminhadas,
que deixas pela vida...
nas longas caminhadas,
que deixas nos luares.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Não digas o meu nome

Quem és tu que entoa o meu nome,
ao longe enfeiticei-me pela voz...
percorro os vales das trevas,
quero-te ver, quero-te sentir...
porque chamas o meu nome?!
não me tocas, não me vês, mas chamas-me?!...
vieste das brumas...
feiticeira de vampiros,
alma sonhadora,
alma tenebrosa,
alma negra...
mas cheia de luz,
vieste para me reacordar,
que é no acordar,
que está o bilho do nosso olhar,
vieste-me quebrar,
em mais uma lua cheia,
que nasce e se põe,
ao som da tua voz,
que sem dó nem piedade...
canta o canto da sereia,
que me vai enlouquecendo,
que me vai atordoando,
na caminhada por estes vales,
quero-te beijar,
porque chamas o meu nome ó musa do além?
porque estás e enfeitiçar-me?
maga dos sonhos, pesadelo dos mortais,
Não te vejo...
Mas pressinto o teu arfar,
quente e humido no meu pescoço,
o meu coração dispara,
sinto os teus dentes afiados cravarem-se,
mordes o meu pescoço e sugas o meu sangue,
unes-nos numa só veia...
unes os nossos corpos na união de almas...
tornas-me imortal...
Mas afinal...
chamas o meu nome?
E não te vejo...
encobres-te nas brumas,
encobres-te nos mortais,
não chames o meu nome...
não cantes por mim...
já estou enfeitiçado meretriz de almas,
tornas-me em vampiro,
vou voar todas as noites,
ao alcance dos teus lábios,
ao alcance do teu toque,
vou amar-te, em cada mordidela,
vou aprisionar-te em cada vez que te amar,
vou te descubrir nas brumas...
chamas o meu nome...
chamas a minha alma...
não devias,
não pressentes, que te vou enlouquecer?!
Agora... que sou vampiro...
Agora que pertenço às trevas...
não fujas...
vou te levar até ao luar dos malditos...
onde te vou desnudar,
onde te vou apaixonadamente amar...
até a noite morrer,
e o dia começar a desflorar,
tornarei me gargula,
com os teus seios nas minhas mãos,
e a tua boca empedrada na minha,
em beijo cruel de sensualidade.
num erotismo erguido em estátua,
pelo menos até a noite ser dia...
e o dia ser noite.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Consumir-te

Desejas?
Preferes?
Sentes?
Vibras?
ou queres simplesmente ser despercebida?
pois eu vou-te consumir,
debaixo de um vão de escadas,
onde te escondes do mundo,
arrebatarei a tua boca,
e nos sentidos em que te contorces,
vou passar a minha mão de artista,
e tocar-te como numa harpa,
vou entoar-te sons do além,
serás o meu preferido instrumento de musica,
vou aprender a tocar violino,
a ir aos sons que entoava em pianos de causa,
tocar nos teus seios,
esculpir a tua face,
moldar as tuas coxas,
e na fuga de quem não quer mas suspira,
vou morder o teu pescoço,
vou fixar os meus olhos nos teus...
e quando um arrepio na espinha sentires...
amar-te-ei...
como se não houvesse amanhã...
e será que existe?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Umbral Perdido

sinto os gritos lá fora,
ruidos de lobos perdidos,
sinto as almas penadas,
que desencarnam no umbral,
sinto a sua sede de luz,
vampiros em busca de sangue, carne, vida,
sinto as almas perdidas a chamarem o meu nome,
fujo deste mundo, fujo desta realidade,
encubro-me em céus que eu crio,
onde as almas penadas são os meus anjos,
são essas almas, onde moram todos,
os meus amores e desamores,
permaneço aqui, e lá fora...
ouço os gritos...
e volto a pegar na minha pena,
e encubrir o meu papiro,
de sumo de limão,
escondo os meus sentidos,
escondo os meus sentimentos,
não vais saber que te quero beijar,
não vais saber que te desejo,
no papiro escrito em folha imaculavelmente virgem.
E rasgo a folha...
odiando o sentimento, odiando o meu coraçao,
e refugio-me no umbral,
onde as almas perdidas,
cheias de anseios e dores,
perecebem-me tão bem...
alí sinto-me rodeado...
fugido da solidão da incompreensão,
de amar mais do que cabe no peito,
de sentir mais do que o nosso cérebro raciocina,
e apago as velas...
quero permanecer aqui bem escondido...
das anjas trovadoras que me acenam com seduções,
de sentidos e de carne,
de prazeres, e de platonicos...
fico aqui no chão frio...
as trevas são tão seguras...
viraram a minha torre de menagem,
à deusa...
que nunca virá...

Acendalhas na Escuridão

É um sentimento que deixas,
um rasto que permanece,
um rasgo de loucura e vida,
que me fica nos poros,
a cada beijo que deixei por dar,
a cada vibrar que matei no teu olhar,
e nesta vida que guardo dentro de mim,
neste rompimento que me engrandece,
neste fogo que me explode...
sentirei que estou sozinho,
nesta minha estrada,
de rosas negras e alecrins,
que vou sem volta,
que vou sem rumo e sem gloria,
sem musica nem orquestra,
vou eu comigo,
ao compasso do meu coraçao,
onde ouço os passos na terra,
essa que não me falha,
essa que está ali sempre,
a amparar as minhas quedas,
essa em que eu confio nas noites frias,
e nas noites magas,
onde as estrelas me iluminam,
a essencia de ser mais alguem,
e afinal não ser ninguem,
porque fiquei perdido em alguem,
que não me olhou como eu a olhei,
que não viu o vibrar de uma alma sofrida,
que entregou o seu farrapinho,
a espera que pegassem em si,
e aquecessem a sia vida,
que acendessem as velas,
nesta escuridão que me acompanha,
à seculos de vidas e noites...
Mas não me importo,
esta escuridão é a minha companhia,
esta escuridão não me abandona,
posso contar com ela,
e na sua tristeza...
sorrio...
porque sou feliz...
na sua companhia.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Juramento ao Luar

Nego-me a mim mesmo quem sou,
só para conseguir te encontrar perdida numa sombra,
perdida na minha face que reflito na imensidão do mar...
vais contra os meus dogmas?
não quero saber...
vais contra os meus quereres?
não quero saber...
vais contra os meus anseios...?
quero-te dobrada nos meus sonhos,
quero-te enlouquecida no meu caminho,
suspirar dentro do meu peito,
a cantar-mos a mesma musica,
na mesma voz.
Sentir-te pegar na minha mão,
sentir-te pegar no meu coração...
Não quero saber...
juro que não quero saber...
se os meus dogmas não são o que és tu...
quero sentir-me infinitamente grande,
ao respirar na tua pele,
ao sentir a tua boca perto da minha,
ao fazer vibrar-te na minha essencia...
não quero saber,
se tocas a mesma música que eu,
eu acompanharei a tua música,
só quero sentir-me vivo...
dentro da tua boca...
dentro da tua alma,
ser o teu anjo da guarda,
ser o mágico das noites frias,
e diabo enlouquecido do vale dos teus lencois...
não quero saber...
não quero mesmo saber...
se és igual a mim...
eu não quero ser igual a ti...
eu quero é estar em ti.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O teu sorriso

Queres tu e quero eu,
quer o mundo e o universo,
que o sorriso dos teus lábios,
seja mais do que parte de ti,
seja eternizado em quadros,
em pinturas eruditas,
de sentidos politacamente correctos,
Queremos todos a uma só voz,
que esse sentimento que transmites,
salve o mundo e mude o universo,
que os teus pontos de vista,
não sejam perdidos no fundo de um baú...
E nestas frases que pintam o teu olhar,
que te fazem sonhar,
descrevem elas a beleza do ouro,
diamantes e glórias ...
desse sorriso em que enlouqueces,
aquele que passa...
aquele que se cruza...
aquele que te vê ao longe...
aquele que te vê bem de perto...
todos têm o mesmo sentimento...
a perdição num sorriso,
que nos faz ser pequenos e singelos,
ao ser-mos deparados,
com os teus dogmáticos lábios,
nada a contrapor, nada a contraria,
são eles comuns a todos os pontos de vista...
esses lábios de carmim,
banhados em tulipas vermelhas,
são a minha perdição,
esse teu sorriso tornou-se a minha tentação,
tentação de quem não quer pecar...
só quer beijar...
esse tão dogmático deslumbrar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ciclo de uma lua cheia

O sentimento inconsistente,
de um amor maltratado,
o sentimento refreado,
de quem é malfadado...
Viver em busca de si...
Do seu interior do seu ser,
quando a sua busca é um amor enlouquente,
viver sendo o que está a mais,
sendo quem não é de cá,
quem não se sente cá,
quem se perdeu por cá.
Vagueio pela vida...
sou errante nos sentidos,
errante nos sonhos,
errante no caminhar.
Amo agora alguem...
a intensidade do que sinto,
a magia do que pressinto...
logo passa...
logo quando o sol desaparecer,
e a lua cheia do nada...
resplandecer...
terá terminado...
mais um efemero capitulo...
do que nada vivi,
do que nada senti...
afinal...
do que nada continuo a ser...
Continuo a acreditar...
nas almas que se dizem apaixonadas,
e não estão mais que vidradas,
na confusão de uns corpos a vibrarem...
sim seduziste-me...
sim dancei também na valsa seduzindo-te,
sim olhei-te de lado contorcendo os teus desejos,
tal como tu, estavas sensualmente embriagando os meus sentidos.
E nessa dança dei-te o meu coração,
e mostrei-te a minha alma,
e o agora...transformou-se em passado,
a noite enganou-me,
com mais um amor louco,
em que os sentidos ficaram negros,
e a razão deixou de ter razão,
e os pesares, passaram aos pares,
nas dores de marfim que me compõem a alma,
e na desarmonia da minha depressão...
acabo por ser o unico estado que conheço...
o estado da minha alegria, tristeza...
sinfonia de sentidos,
de pecados perdidos...
acaba por ser a minha depremida vida,
de quem é ingrato com a vida,
porque mais que tudo o que sente,
mais do que tudo o que vive...
só quer um amor louco...
que perdure mais que o ciclo de uma lua cheia...

terça-feira, 1 de junho de 2010

BASTA!

Por mais que pense,
larga-me, não te quero,
por mais que te queira?!
já não te quero mais,
por mais que me seduzas,
larga-me e sai daqui...
vies-te para me endoidecer,
e endoideceste-me,
trocas-me as voltas,
trocas-me os sentidos,
ganhas vantagem das emoções,
ganhas vantagem de me conheceres,
acenas-me com os contos de fada,
onde sabes que eu moro e vivo,
onde sabes que me imagino,
e permaneço,
quando me abandono do teu olhar,
e la fico eu a sonhar,
nos meus contos de fada,
onde tu e eu somos felizes para sempre,
e onde a alegria toca a armonia,
e a felicidade é mais do que fogaz,
é algo capaz de se aninhar,
em ti, em mim e em nós,
por isso...
basta...
já não me conheces,
já não me sentes,
deixei os contos de fada,
deixei os sonhos de menino,
tornei-me rude,
tornei-me homem,
perdi a eterna adolescencia,
onde queria permanecer a viver contigo,
mas agora...
basta,
perdi-me em ti...
e abusas-te de me perder,
e ao perder-me perdi-me dos meus sonhos,
agora já não os tenho...
Contos de fada?!...
Frutos de imaginação,
dos contos perdidos de Avalon,
deixei-os bem atrás de uma bruma qualquer,
onde já nem eu, nem tu saberemos dar,
agora perdi as asas,
já não sei voar,
perdi os sentimentos,
já não sei amar,
perdi as vontades...
já não sei...viver.
BASTA.

Transformar sentimentos em arte

A noite vai alta,
os sonhos são perdidos em folhas..
lançadas...
amachucadas...
...contra a parede...
escrevo o que sinto,
como se poeta fosse,
sentidos, quem não os tem,
afinal...só os coloco em frases,
que nem organizadas estão...
E nos tons que coloco,
naquelas telas perdidas em paredes,
fossem arte de vida e brumas,
e pudessem ser entitulados por quadros,
não são mais que breves rabiscos,
colados numa tela colocada ao alto,
e as outras artes, representar,
de quem representa o ninguém,
em todos os dias que tenta ser alguém,
e la vou me perdendo em mil artes,
a tentar ser artista de um não artista,
e apesar dos desconcertadas quimeras,
que coloco em cada pedacinho que produzo,
e acabo por oferecer ao mundo,
não sei se o mundo o quer,
ou se sequer o deseja...
mas eu na mesma ofereço...
e tudo o que faço clamo-me a mim proprio,
afinal... sou o meu maior fã...
sou o meu maior paparazzi,
persigo-me todo o dia,
vejo tudo o que faço,
tudo é observado ao infimo pormenor...
percorro-me e observo-me...
documento tudo em fotografias que ninguem me compra,
ponho tudo por temas, pastas, e sentidos,
ergo-me todos os dias, e olho-me logo ao espelho,
já estou no meu posto...
paparazzi do não artista,
que todos os dias persegue o sonho,
da arte beber, da arte comer, da arte viver,
e da não arte vai preenchendo cada canto da casa,
e ficando orgulhoso do não artista que é,
não fosse eu o meu maior fã,
não fosse o meu maior seguidor,
mas não...
não sou artista,
só transformo os sentimentos em arte...
afinal...
sou é mágico.

Dança...pela vida

Choro, danço e clamo...
da-me a mão,
da-me a palma da tua mão,
confia,
acredita
fecha os olhos,
respira fundo,
entreabe os lábios,
flecte um pouco as pernas,
e anjo diabólico,
vais ser torturado neste tango,
mandas e desmandas,
mas neste breve momento,
pego-te na cintura,
não abras os olhos...
confia...
de suave provoco-te os teus lábios,
com a dureza de uma mordidela,
pucho-te, empurro-te, e faço te girar sobre ti,
não, não abras os olhos...
confia...
deixa-te ser guiada... hoje e só hoje,
coloca-te nas minhas mãos...
puxo-te contra mim...
sinto teu peito contra o meu,
o teu respirar ofegante na minha cara,
os teus lábios com sede dos meus,
e a música que não para de tocar,
e de nos provocar a alma,
espicaçar os sentidos,
e fazer-nos sentir parados no tempo,
como se o infinito existisse para nos amar,
e eu em mais uma rodopio arranco-te a saia,
e faço-te abrir bem os olhos...
bem encostados nos meus,
bem encantados no meu olhar,
hipnotizados,
marcerados,
encadeados,
de fogo, paixão e desejo,
tentas beijar-me,
...afasto-te...
não...não beijas...
pego na tua mão e volto a puxar-te contra mim,
sinto os teus seios, sinto o teu corpo,
percorro teu corpo com as mãos...
como se a minha palma,
dançasse nas curvas do teu corpo,
e nessa dança, o teu coração grita...
pega-me, consome-me, vive-me...
e eu volto a puxar-te bem para junto de mim...
e com olhos colados...
beijo-te,
bebo dos teus lábios vida,
bebo da tua lingua fogo,
bebo do toque da tua pele aconchego,
bebo do teu olhar paixão,
e paro...
volto a olhar-te no olhar...
e digo-te suavemente depois ao ouvido...
...hoje...não...
hoje vais dançar... pela vida...
para mim.

Diálogo transcendental

Tudo vai mal,
-não vai nada????
Tudo esta perdido,
-não esta nada???
cala-te não me contradigas,
-contradigo sim!!!!
porque me queres convencer que não sofro?
-porque sofres erradamente
a vida vai mal...
não percebes?
perdi amores, perdi sentidos,
perdi parentes, não perdi filhos,
pois também não os tenho,
se os tivesse???
tinha os perdido...
Tudo vai mal...
-Não vai nada, vê la se despertas
-a vida são mais que duas conversas
-e os sentidos que declamas
-os sentidos são vida
-acorda para a vida
-que é ela a tua maior paixão
-o teu verdadeiro amor
-os teus verdadeiros filhos
-os teus verdadeiros sonhos
-são a vida
tudo vai mal!!!
não percebes
a contradição de perder o que não se tem?
a contradição de sonhar e não poder viver?
para quê sonhar se não vives?
-para quê viver se não podes sonhar?
-para quê quereres o amanhã se será igual ao hoje?
-acorda, és feliz e nem o sabes!!!!
-acorda!!!!!!!!!!!
-nada vai mal a não ser a sinfonia a que cantas
-essa que pensas ser tristeza?!
-é vida?!
-essa que pensas ser morte?!
-agarra-te aos infinitos
-e se não fossem esses infinitos?!
-quem serías????????????
ninguem.....

A dor de arder...sozinho

Fogo... mas o que é o fogo?
ódio, raiva, sede????
magia, seca?
esperança????????? morte???????
o que é o fogo que nos consome?
aquele sentimento explosivo,
dentro de mim, de ti... e de todos nós?!!!
como o defenir?
magia perdida num entretanto?
mágoa desmedida que crias-te dentro de mim????
eternizada como tatuagem...
queimada de tanto ser pintada!,
repintada!, marcada!...
com o teu nome!...
com o teu sobrenome!...
que teimas em escrever, apagar, escrever, apagar???...
como definir????
a eternidade de uma tatuagem,
pintada e repintada aos caprichos de um alguém,
que não tem, nem o mesmo compasso, nem a mesma dança,
simplesmente dançou contigo,
a dança trágica do destino,
que te fez ser... e não ser...
e agora abandonado, delicerado, apagado,
sentes o fogo... que não se apaga...
da tatuagem vincada, picotada, queimada,
deliceradamente na minha pele...
abusivamente no meu coração...
e agora grito na minha desaromonia,
de querer ter e não ter,
de ser o que não posso ser,
neste sentimento desconcertado,
de arder sem saber,
de amar sem querer,
de dançar sozinho a um só compasso...
a dor de arder...
sozinho.

Apanhas-te-me

Olhas de lado para mim,
pões um sorriso de quem nada quer,
...interessante e apaixonada,
só pela vida e pelos sentidos...
mas no final estas bem louca por mim,
sentes-te tremer,
apertas a mão na tua perna.
magoas...
sofres...
contorces...
não podes ser fraca,
não podes mostrar,
não podes entregar trunfos,
olhas de lado,
mas não queres que o veja,
que bem no canto do olho,
estás tão louca por mim,
e do nada...
discutes,
cheia de raiva,
pois eu apanhei-te,
bem apanhada,
e entrei bem dentro de ti...
e já nada podes fazer...
empurras-me,
e do chão vejo-te a afastar,
pernas a ondular,
coração a vibrar,
a querer ser má...
e com o coração disparado por mim...
não me importo...
sei que estás louca por mim...
e como uma droga,
sei que voltas,
como tulipa negra marejada em incenso,
sei que queres que te beije,
que te enlouqueça e te aqueça,
os sentidos consumidos que só querem...
que à meia noite eu esteja também...
completamente louco...
mas...
shiu...
shiu princesa contorcida...
porque vou-te contar um segredo...
guarda-o bem silenciosamente...
eu já estou louco...
completamente louco...
louco pelo teu olhar,
louco pelo teu andar,
louco pelo teu mover,
louco pelo teu perfume,
louco pelo teu arrastar de quem nada quer,
e tudo pretende agarrar,
e do nada,
quando me apareceres,
vou te surpreender,
com almas tocadas,
com almas implantadas,
numa quimera qualquer,
não fosse este pensar,
mais um sonhar qualquer,
de satélites que teimam em andar,
em meu redor...
querem-me enlouquecer,
querem-me agarrar,
querem-me possuir,
nas suas jaulas,
pensamentos e sentimentos,
de quimeras que enterro e desenterro,
nas brumas dos meus sonhos,
mas aí ao menos tudo é eterno...
até o sonhar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Verdade? só o que se sente...

Englobaste na ironia dos sonhos,
em que a sorte te chama a ti,
e se esquece de mim,
meu coraçao tenta chorar por ti,
mas resta-me só o fado que dancei naquele luar.
Luar onde tu e eu fizemos amor,
dançando tango, dançando fados,
onde as ligas tinhas,
onde vestias para seduzir,
onde os seios cubrias,
do pó talco fino das estrelas,
e perfumavas-te com aromas ignobis,
tudo era pensado,
tudo era sentido,
nada era falado,
tudo era intenso,
tudo era mágico,
tudo era o nosso fado,
das noites estranhas
de amor louco, ao som da luz do luar,
aquele que sabe descrever os teus movimentos,
de a seduzir para matar,
matas-te-me nos beijos que perdi nos teus seios,
nas mãos que percorreram as tuas pernas,
enquanto o meu corpo saciava o teu amor,
noite ingrata,
de amores loucos, perdidos no tempo e espaço...
e assim busco sombras, das danças negras,
que tu e eu sem razaão viviamos...
que tu e eu deixamos de viver,
estes amores loucos...
de noites soltas,
onde as canções se ouviam aos sons,
de gemidos que eu tirava notas de ti sem fim,
e nesse tocas de espelhos d'alma,
toquei em ti toda a noite,
músicas de sentidos,
músicas de sentimentos...
que agora... resta-me este triste fado...
de andar perdido, no tempo e no espaço...
das danças perdidas naquelas noites,
tocadas ao ritmo das nossas bocas,
viciadas em ópium... viciadas em beijos,
viciadas em corpos, viciadas em sentidos...
e agora nas muralhas abençoadas,
por marés encrespadas...
largo as lágrimas de um coração maltratado,
que já não chora...
que não grita...
fica...
fica perdido no tempo...
aqui, ali e além...
onde andou ele a dançar as imortais danças do desengano,
e agora perdido nas sortes de feitiços e magias...
lá escreve e reescreve no seu coração,
cada pedaço dos momentos em flash's que nada são,
e tudo são...
que nada permaneceram... porque não são eternos...
mas eternizaram na mais sensivel das almas...
que apaixonou-se sem se poder apaixonar...
que ama sem poder dar conta do que sente...
sem poder suportar...
o que o seu coração vibra a cada luar...
o que o seu coração persiste... em recordar...
Triste fado...
das almas de veludo...
que fingiram que amam... e no desengano...
amaram, com toda a intensidade,
e agora apaixonados, amam...
amam nas brumas etéreas,
que persistem em passar por eles,
a cada rebentar de onda,
a cada suspiro de rola,
que os seus viveres sejam tocados...
congelo-me nesta mentira...
que de verdade...
só tem o que se sente...

domingo, 23 de maio de 2010

Seduzes... ou Seduzida!

Precisas de me ver...?
então sabe que é para ficar...
vens cheia de sedução...
e eu segredo-te que quem te vai seduzir sou eu.
vens emergida em rendas e aromas,
e eu marujo do amor e da saudade,
falo-te palavras ao ouvido,
elas rendadas de mágicos feromonas de paixões,
o teu coração não se sente impávido,
fica incomodado, sentido, disparado,
a deusa da seduçao...
está nua e sem barreiras,
as lagrimas que te escorrem...
por passados presentes e futuros,
que te são longinquos de purezas,
onde moravam reais sentidos na tua alma,
e agora sentes que estes sons que te clamam,
rasgam as barreiras,
rasgam o futuro e o presente...
transportando-te para um passado...
virgem e segura,
do que querias num futuro...
e enterras-te tudo naquela praia distante...
quando alguém que te ia salvar te fez cair...
e tu anjo caido...
renasceste maga sedutora...
mas nesta noite...
reduzes-te... a uma alma mais alta...
voltas a ser tu...
tocada por estes sonhos e quimeras,
que eu guerreiro dos sentidos,
continuo a clamar ao mundo...
sendo eu o louco da ilusão...
mas é este louco,
com os seus impretéritos perfeitos,
que te está a fazer voar...
para dentro de ti...
para sitios que já pensavas destruidos...
e estão tão vivos...
a deixar-me...
entrar, de mansinho...
bem devagar...calmamente...
a tocar-te...
a fazer-te pensar...
que é possivel... mesmo aqui e no agora.
Amar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alvorada Perdida

Procuro em mim,
o que não existe em ninguem,
mas perco-me na procura,
pois o que procuro!...
não existe nem aqui, nem ali nem além...
procuro o que não está inventado,
procuro vida...
a vida como a desenho!!
em brocados de papiro,
que vislumbram magias...
magias de artes perdidas,
que eu vou inventado,
em todo o este sonhar,
sonhar que me faz voar demasiado alto,
e ansiar o que não posso ter...
é um sonhar que me devia fazer brilhar...
faz-me chorar, lágrimas perdidas,
de quem nunca vai estar bem,
porque sabe que os seus sonhos,
não existem...
para além dos seus descabidos pensamentos...
e um a um...
como num castelo de cartas,
eles se derrubam uns aos outros...
e até me pergunto...
quando cairá a última carta...
para quando o fim de acreditar,
que ainda posso ter mais,
do que não tenho em mãos,
do que sinto,
do que desejo,
afinal...
não sou mais que ninguém,
mas também não sou menos!...
será que nem a um terei direito?!
será que nem uma das paredes do meu castelo,
ficará erguida?
como uma torre de menagem,
aos sonhos perdidos ou encontrados...
de todos nós...
que mais ou menos uns que os outros...
todos sonhamos em irrealidades,
para além destes mundos...
todos queremos sair da sombra,
e sentir que somos mais que especiais,
para alguém...
para alguém que do nada pensará em nós...
e sentirá... que nós...
somos mais que a carne que nos veste,
e os pensamentos que nos preenchem...
somos uma alma...
que é transportada para um coração...
num breve pensar,
num breve sonhar...
de sonhos irreais,
que se cruzam magicamente,
nas brumas de uma encruzilhada qualquer...
até ao caír da última carta...
poderei chorar lágrimas de vidas...
mas continuarei...
firme como uma rocha...
a acreditar,
que os sonhos irreais,
são tão reais como tu, como eu...
e como o sol que nos banha e nos aquece a alma...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Soluçares de Carmim

Percorro tantos trilhos,
em caminhadas persistentes,
de derrotas e vitórias,
e continuo à procura de ti...
em cada encruzilhada,
sinto te perto de mim,
apesar de estares longe de mim,
não sabes que penso em ti,
não sabes que rezo por ti,
comando os meus soldados,
por este mundo fora,
comando vidas, comando espiritos,
mas é na tua alma que eu me perco...
Não conheces os meus sonhos,
não sabes onde pernoito,
não sabes em quem penso naquele deitar,
do último olhar...perdido na planicie...
não sabes...
ou secalhar, até sabes...
e só tens receio...
de dançar,
uma última dança,
em céu descuberto,
chão coberto brancos véus,
e soluçares de carmim,
em lábios eternamente colados...

domingo, 9 de maio de 2010

Realidade Incompleta

Do nada que tenho...
num tudo que vivo,
sobrevivendo do querer,
do desejar e permanecer,
em vidas e mundos que não meus,
alcanço o inalcansável,
em pensamentos perdidos,
para onde te transporto a ti e a mim...
Dançamos, ao som de tangos...
em passadeiras vermelhas rubras,
transportam elas expectativas,
que as danças sejam revelações,
de sentidos e sentimentos,
de vinhos rubros ao luar,
de ventos em outroras pensares,
onde eu vivi, e te permanecí...
em todo o meu amar...
Do nada que pressinto,
num tudo que me dão,
vejo-me sem nada...
tendo tudo.
Vejo-me perdido...
por algo... que de tão parco,
que até possa ser...
comanda-me a mim...
comanda-me a vida...
comanda-me os sonhos...
Sem esse parco porquê...
não existe porquê...
e enquanto não o tenho...
sonho...
perdido ou encontrado...
mas sempre sózinho...
por agora...
ou não...
mas sempre no sonho de um dia,
poder me sentir...
fora da ilusão,
fora da desilusão,
vivendo completo,
sentido...
e...
amado...
por ti.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Linha de Fogo

No vento deixo um arder,
no etério deixo rasto,
cheiro a insenso...
que te faz lembrar-me...
que te faz imaginar-me...
em lábios encadeados,
em mãos desordenadas...
ritmando em teu corpo,
desenfreados sentidos,
desenfreadas vibraçoes,
...
o coração pulsa...
as pupilas dilatam...
e a vida,
que para mas não para,
que permanece dura e crua
para os demais que sonham...
com a vida daquele momento.
Perfume que pressintes hipnotizar...
aroma de pele que vicia,
droga que traça rumos,
de uma vida acoplada,
de sentidos explosivos...
tudo por um rasto,
que perdurou...
para além do vento,
para além do dia e da noite,
e se eternizou na ausência,
ficando entrenhado na tua pele,
e levando-te contigo...
a essencia do meu respirar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Descrente

As asas abrí...
e coloquei a mais bela das máscaras,
máscara de ilusão e sedução,
máscara de odores incoompreendidos,
máscara de sentidos iludidos,
máscara...da máscara de mim vivido.
Nesta máscara,
de olfactos diabólicamente perdidos,
nos seios desta tua tentação.
Fui-te mostrando pétalas de erotismo,
em noites de sentimentos escaldantes,
coloquei uma por uma em cada pedaço do teu corpo.
Fiz-te vibrar,
Fiz-te ser...
Fiz-te...ter asas, sem saberes voar...
E no acordar despreendido e sozinho,
em que não te encontro em mim...
volto a colocar as asas,
volto a ter que voar de dia...
sendo gárgula da noite, mas anjo de dia...
sou o que quero ser...
sou o que não quero ser,
afinal...
sou eu...
apaixonado...
radical...
incompreendido...
dorido...
porque simplemente...
tenho mil almas dentro da minha...
a querer voar.

domingo, 25 de abril de 2010

Brava Solidão

Houve alguém,
que um dia me segredou ao ouvido,
que a pessoa que eu sou,
não será escrava da solidão...
Os dias voaram, e os sonhos foram terminando,
Hoje olho na janela, chuva intensa...
...a água escorre com um sentimento de culpa.
De ser ela as barras da minha clausura.
Pergunto-me sem me responder...
Respondo-me sem me perguntar,
afinal onde ando eu?!
que não é neste corpo que eu vivo,
nem é nesta alma que brilho,
vivo além...
bem além...
de tudo e de todos...
vivo na solidão das brumas,
na minha eterna e humilde solidão.
Não sou escravo...
sou rei dela...
neste reino...
que é so meu.
Onde eu mando e desmando...
Onde ninguém magoa ninguém,
e a vida...
deixou de ser de mais alguém...
cá vivo na clausura,
de um brava solidão...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Feitio enlouquecido

vivo para além de ti,
sou mais do que pensas
e menos do que queria ser.
Afinal...
sou eu...
mortal...
com todos os caprichos das almas,
e todas as ideologias de quem queria voar,
mesmos os perdidos do espaço,
que dizem não querer os altos voos...
que querem eles...
se não voar...
sentir...
vibrar...
com os sentimentos...
que os mais extremos sentidos de almas...
podem oferecer...
vibras como eu vibro...
afinal vibramos todos.
ninguem é mais do que ninguem,
todos precisam de alguma coisa,
todos buscam alguma coisa,
o que buscas tu?
o que busco eu?
secalhar o mesmo feitio enlouquecido,
de uma quimera inexistente...
e ca andamos na busca ridicula,
de algo que não existe,
para além dos mundos que abençoamos como nossos...

Ser demenos no demais

Inconsistência por ser assim
inconsistência por não ser nem mais,
nem menos que ninguem...
sou eu...
absolutamente eu...
aquele que olha para as marés,
vibra nas suas rebentações,
aquele que passa por ti...
e não te vê...
e não o vês...
afinal...
sou igual a todos...
Inconsistência por ser demais...
sendo demenos,
inconsistencia por querer...
o que me é proibido,
negado, por ter corrompido,
além mar,
os deuses gregos.
Aqueles que na sua hira,
quiseram-me condenar...
a ser menos que os demais...
e mais que os demenos...
afinal...
o que sou...
se nada...
e no nada que sou...
reflito...
que neste ninguém...
até sou alguma coisa...
porque se reflito e vejo que sou ninguém...
já reflecti...
para ser mais que um nada
que se deserdou,
do tudo o que tinha...
para ao nada se entregar.
E nesta ordem da minha desordem
de sentidos e anseios,
vivo o que quero,
anseio pelo que não quero,
e la vou estando onde não estou,
e quebrando as regras infaliveis
de tudo o que preciso,
de tudo o que necessito,
para ser mais que eu...
afinal...
ser...
EU.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Carpe Diem

No crepusculo dos anjos,
tocas-te o próprio diabo,
tocas-te o próprio deus,
fizes-te vacilar corações de pedra,
desencantas-te o meu gelado coração.
nele que já moraram princesas,
que se vestiam em puro cetim,
e principes, que contra dragões conquistavam...
desencantas-te o meu coração,
quando nele já só caiam lágrimas de sangue,
e em cada anoitecer...
apercebia-me mais...
o quanto estavam estilhaçados os sentidos...
este coração, que a tantas vidas deu esperança...
agora não via esperança no seu andar...
mais tarde ou mais cedo...
a vida tería de terminar,
e quando a terra me tapasse...
talvez aí percebesse o porquê de tantas lutas perdidas...
mas vieste..
naquele crepúsculo...
tu vieste...
onde o rio tocava o mar,
apareces-te...
e os teus lábios tocaram...
amaram, sentiram, viveram...
no meu olhar...
a vida que finda...
afinal não acaba...
simplesmente...
volta-se a caminhar de um ponto de partida qualquer...
e tu...
nessa tarde...
segredas-te me muito baixinho ao ouvido...
como quem ilumina uma vela...
"CARPE DIEM..."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tu e Eu.... ETERNOS

Nascemos todos iguais,
todos mansos, fogazes e audazes...
mas tu e eu...
nascemos para a eternidade,
tal como o céu se eterniza em luares,
e o mar aconchega naus em suas valsas,
vamos amar na lingua que falamos,
vamos escrever nossos nomes,
em almas que ficam,
em almas que vêm,
e nas almas que já foram...
tu e eu,
vamos ser lendas dos nossos cartazes,
lendas que de etéreo,
nem lágrima nem mistério,
só as palavras perdidas,
quando os braços por breves momentos,
roçaram este eterno chão...
Da vida que nos move,
vem a energia do Olimpo,
eles nos movem,
eles nos seguem,
eles são os nossos anjos,
eles são os nossos guias,
eles traçam os nossos faróis...
até a eternidade...
Tu e eu,
vamos nos encher de humildade na vida,
e de orgulho na eternidade,
tu e eu...
vamos escrever os nossos nomes,
onde jamais foram escritos...
transcritos e reescritos...
tu e eu...
vamos ser...
ETERNOS.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Perfume no vento

Demónio...
vieste exorcizar os meus anjos,
vieste-me diabolicamente enlouquecer...
anseio teus beijos,
esses que dás, tiras e vorazmente arrancas...
Executas o meu coração em pelotões de fuzilamento,
Excomungas os meus sentidos,
Excomungas os meus olhares,
e fazes-me perder em fogo ardente,
num arfar de bocas,
encostadas, coladas, sugadas, perdidas,
uma na outra, uma com a outra,
em sentidos que não descrevo,
em momentos que a razão deixa de ser razão,
e a vida é mais do que um uma divindade dos céus.
Demónio...
Que tanto me atordoas,
que tanto me vicias, em momentos proibidos...
de luxuria em voos embebidos,
em perfumes de corpos sedentos,
em gemidos nunca repetidos,
químicas de palavras...
ditas e reditas ao som do vento,
químicas de olhares...
hipnotizados no infinito do olhar,
químicas dos nossos corpos...
perdidos no tempo e no espaço,
unidos...

domingo, 11 de abril de 2010

Tocar-te a tí... e só a tí...

Os dias galopam e a vida não pára,
sinto tão perto e tão longe.
Desespero...
arrepio-me...
não consigo tocar-te.
Paro, respiro, choro...
Amo-te num momento,
amo-te numa eternidade...
alucinante eternidade,
esta que faz milhares fugirem,
aos tristes mandamentos do amor...
Triste infelicidade que nos consome...
quando queremos beijar alguem,
e é a nossa imagem reflectida no espelho que vemos,
quando queremos gastar cada segundo a amar,
é tão complicado querer viver neste mandamento:
-ser feliz, na felicidade de alguém.
É tão complicado nos eternizarmos nos passos,
nos anseios, nos clamores de outra alma...
Essa alma não é a nossa...
Essa alma não é a vossa...
Essa alma é a de alguem...
Que caminha a divagar mundo fora...
Em que um beijo pode despertar...
em que um olhar pode siderar...
em que um anjo lhe pode tocar.
E nós, anjos da noite,
vivendo na sombra dos dias,
que se encavalitam uns nos outros,
e a partir de certo momento,
já não existe dia nem noite...
só existe a vida perdida em nós...
só existe a ironia,
de sermos mais do que queremos...
e não termos um sonho tão pequeno...
é ele toda a minha biblia...
todos os meus mandamentos são escritos por ele,
na vida e na morte,
no céu e na terra,
no inferno ou paraíso...
só tenho um sonho...
viver um grande amor....
Ultra-romantico...
que se arma em Deus consigo próprio...
não deixa ser-se feliz...
prefere continuar nesta caminhada...
onde as lágrimas são seu alimento,
e as brumas o seu porto seguro...
A vida é mais do que um amor...
é um amor hipérbolico,
extasiante e louco,
que nos faz simplesmente...
sermos todos magos de nós proprios.

Ébrio de ti...

Ergo-me todos os dias...
busco luz na escuridão...
E nesse buscar,
de anseio de magia,
acabo por descubrir... que o brilho...
ainda é mais escuro do que escuridão que me envolve.
Procuro um despertar,
mas no despertar adormeço....
Procuro vibrar,
mas acabo por ancorar numa vigia qualquer,
a um sonho desperdaçado em cada acordar...
Permaneço sobrio...
Sobriamente ébrio,
ébrio de sentimentos que me fogem...
ébrio de vida que não vivo...
enlouquentemente neste anseio...
de brilhar...
permaneço...
ébrio...
...de ti...

terça-feira, 30 de março de 2010

Aragem de um verão

Sonho em cada palavra perdida,
nelas coloco esperança,
na eternidade que está numa folha...
aquela que escreves repleta de emoções,
como se no mundo não houvesse um amanhã...
essa mesmo que depois empacotas,
já sem a emoção de um ontem,
e nas ideologias de um amanha,
cresces envolta em nuvens e brumas,
que ameaçam palavras e sonhos,
...sonhos de menina...
onde vivia eu e tu...
num conto encantado de magia,
agora vive o vazio...
da ausência...
de um coração...
que já soube amar,
e em plenas sinfonias,
de blocos que explodem,
no repassar de uma folha amassada...
lá vai um sentimento já sentido...
num voo calmo...
da aragem de um verão....

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Servo dos mandamentos do amor

Penso em sonhos,
em terras do além que estão tão aquém,
de todos os ditos poetas dos sentidos.
todos sentimos, todos temos artes dentro de nós.
és mágica na forma de ser e sentir,
então deixa-te levar na vida...
se dói... vives...
se sentes... sonhas...
se sonhas... perdes...
e na perda dói...
porque afinal,
vives.
Não vires costas aos sonhos,
são eles os mastros da tua vida,
iça a vela e deixa-te levar nestes mares,
onde artes do além te fazem queimar
incensos de glórias passadas,
e de conquistas futuras,
onde as armas da tua guerra,
são a sedução e a ilusão
onde nos teus cálidos seios...
fizes-te hipnotizar um servo
nos mandamentos do amor.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Entrevista na RTP2

Veja aqui a minha entrevista na RTP2
http://www.e2.ipl.pt/e2online/programa178.php#4

O abraço da Solidão

A desistência no olhar,
e a vida que se esfuma em segundos...
segundos que me matam a alma,
a vida...
naquelas brumas em que me perdía
e encantava no teu olhar,
no agora...
nesta loucura que me envolve e
em que se enche o meu redor,
simplesmente existo,
num existir de um infinito que me dói...
hipnotizo-me na minha dor,
ela que nesta explosão de sentidos que correm a minha volta,
me abraça na minha solidão.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Artigo no Jornal Impacto




Nome: Paulo Alexandre Gil
Data Nascimento: 18 de Abril 1978
Localidade: Lisboa
Altura: 1,60m
Peso: 61 kg
Olhos: Castanhos
Citação Favorita: "Mais vale ter a possibilidade de poder acabar em primeiro lugar...
Do que nos resignar-mos a um mero segundo lugar”.


Alexandre, o Poeta.

Paulo Alexandre é um verdadeiro renascentista, tal como o seu ídolo Da Vinci brinda-nos com infinitos interesses e projectos de áreas tão díspares que vão desde a literatura à informática.
Autor do livro “Químeras desconcertantes”, actor na peça de Teatro “Vedetas” no Tivoli compositor de música, pintor, web designer, electrotécnico, fotógrafo... nada lhe escapa, os milhares de “seguidores” da sua arte literária que o digam. Também é um “óptimo” cozinheiro e ainda tem tempo para se aventurar no concurso Mister Facebook e para amar aquela que a paixão da sua vida; a Cris. Sua namorada, mulher, amante, musa, amiga. A mais que tudo!
As palavras são tantas que o melhor é deixar o Paulo falar por si. “Modo de estar com o meu corpo: Metrosexual. Desporto: Correr, Futebol, Musculação. Modo de estar com a vida: Passear, Cinema, Televisão, Conversar, Viver pedaços de magia... Flor: Tulipa. Comida: Italiana. Perfume Homem: Burburrye. Perfume Mulher: Marroussia. Roupa Homem: Desigual. Bebida: RedBull. Fumar: Um charuto por ano. Beber: Socialmente”.

Projectar a sua poesia

Paulo decidiu participar neste concurso porque espera “que será mais uma maneira de fazer chegar longe a minha poesia e fazer as pessoas sonharem com ela”. Mais que passar as constantes eliminatórias, a sua grande vitória é só uma: a divulgação do seu trabalho, da sua obra.
Ao Impacto da Região Paulo revela ser uma pessoa que gosta de “viajar já conheço Portugal quase de lés-a-lés o próximo passo: Roma, Veneza, Paris, Barcelona ir até ao Mexico ver os templos aztecas”. Absorver arte... viver arte. Afinal, como diz, “arte não é talento... é ter poder no fogo em movimento que nos abençoa o espírito”.
Também adora “uma boa praia, claro”. Adora “filmes de terror, filmes de suspense adoro o erotismo”.
No que toca a música apontou “apocaliptica I don´t care, rasmus black roses, Lassasymphonie - Florent Mothe”, como uma dsas suas músicas para a vida. Mas há muito mais. Muito mesmo!

Alexandre, o actor

Como experiência marcante no seu percurso, Paulo Alexandre, refere a experiência “intensiva” que teve no mundo do teatro “de um momento para o outro fomos sujeitos a uma actuação no Tivoli com uma plateia bem composta. Subir pela primeira vez a um palco e logo no Tivoli foi algo fabuloso, sem dúvida participaram algumas pessoas conhecidas, como o Guilherme e a Mafalda Matos que participaram nos Morangos com Açúcar e a Mónica Sintra. Foi uma experiência que irei repetir sem dúvida”.

Alexandre, o criativo programador

No entanto Paulo considera que “no que me destaco sem dúvida, é como programador informático sou Team leader na área web numa grande empresa e faço sites e software e soluções completamente inovadoras para grandes empresas em Portugal e de cariz internacional. Por isso digo que é nessa área que tenho maior projecção apesar de me sentir melhor na poesia”. E é como informático que se prepara para inovar e criar algo de único do país. “Estou a trabalhar num novo sistema operativo criado em Portugal”. A nação precisa de gente assim…

O desconcertante poeta

Foi de poesias o seu livro “Químeras desconcertantes”, com prefácio escrito por Nuno da Câmara Pereira e cujo lucro remeteu à Liga portuguesa contra o cancro, que as conversas se seguiram. Com estas químeras poéticas editadas, o autor fica feliz em conseguir “arrancar uma lágrima, um sorriso, um sentimento de alguém...” E Até agora tem tido um feedback bastante motivador, conforme revela “a maior parte adora e lê-o duas vezes. Emprestam-no, falam dele a outras pessoas. O post scriptum está mesmo muito bom, consegui pôr uma energia e uma força que a maior parte de quem lê é como se recebesse uma injecção de energia para ir à conquista do mundo e ter aquilo que falta em Portugal: Produzir”.

Deixamo-nos, então, um pouco de poesia:

“Abraçar a Ilusão

Ouve o silencio de lá de fora...
ele assobia sombras...
cheira a perfumes de outrora...
sentes agonía dentro de tí...
abraçaste no chão...
sentes a falta daquele calor...
aquele que se esfumou...
nas brumas do silencio...
ser de luz longinquo...
era ele a tua fonte de calor...
nestas noites frias e arrepiantes...
e ele se foi...
abraçaste e remóiste no chão...
ele abandonou-te...
ele perdeu-se...
ele vingou-se na tua pele...
essa que agora é fria como o gelo...
branca como o cal...
procuras no teu abraço...
sem o encontrar...
procuras o sentir...
sem o pressentir...
e adormeces na noite...
em gélido chão...
nesse teu abraço...
de ilusão."

Cristina, o amor de Alexandre


Por último, Paulo Alexandre surpreendeu-nos ao confessar “a minha maior paixão no momento é a Cristina (também participante no concurso da Facebook) que é uma pessoa excepcional e só tenho pena de não poder partilhar mais com ela, vida, sentimentos e magia, mas no meio destes sonhos todos...”.
Por outro lado, revela que a situação de serem ambos candidatos tem decorrido com “naturalidade”. “Para mim ela é, sem dúvida, uma das candidatas à vitória. Tem tudo para conseguir passar as eliminatórias. Já eu concorri sem necessidade de vitória e ela também não tem essa necessidade, apenas quer ver o seu trabalho reconhecido de modelo e claro abrir portas para o seu sonho... a publicidade fotográfica, ela adorava fazer campanhas e eu como a quero ver feliz adorava que ela as fizesse!”

… rola a poesia

E, para terminar, mais um poquinho de poesia e de alma deste jovem poeta que sonha em “agarrar o mundo todo”.
“Rolam lágrimas de dor. Clamam por esperança...viver um amor que perdure na rocha da vida. Sentir o vibrar do céu. Sentir que os rios correm para o mar. E que o sol depois de uma trovoada continua a brilhar. Só pergunto para onde vai a águia que mora em mim?...queria eu ter aqui um coração igual ao meu. Ter uma gota desse perfume que não é mais nem menos que o odor da paixão. Queria eu viver. Simplesmente viver e não ter já a laje com um ano aqui erguida ao meu lado...porque tiveram de erguer aquela estátua antes da morte me ter levado. Agora olho la para fora e ja enterrado digo... só aguardo...só espero...o passar dos segundos...vejo as gaivotas voar...queria eu ser como elas...livre... ... ... Quando da lua cheia chegam raios de vida...podemos ter a vida a explodir e o coração a ferver...mas basta um segundo na vida para vaticinar um caminho e um percurso para a vida ou para a morte. O destino é quem tem a batuta...só tenho de aceitar...e seguir as indicações do maestro... Quero viver a amar. Quero viver a dedicar-me a alguém e a fazê-la feliz... ser retribuído... Viver um grande amor”.
Quem o quiser conhecer melhor… www.domitor.blogspot.com. Está lá tudo e tudo é, certamente, pouco para escrever sobre este homem que vive a mais de 100 à hora. Às vezes, é mil!



Paulo Jorge Oliveira

LINK:

http://www.impactodaregiao.com.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=284&Itemid=145

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mais um num amor louco

Na vida e na morte,
na brisa que te acende a manhã,
tocas no meu sorriso,
vibras no meu olhar,
e enquanto passo queres-me poço de desejo,
Mas eu não te vejo,
não te pressinto,
desapareces e apareces.
Voas estontantemente por locais que passo,
deixas toques de ti em mim,
e voltas a desaparecer,
a saber que ficas te bem em mim,
bem na minha mente,
que te descortina a blusa
que te percorre os seios,
que faz arrepiar com o breve deslizar
dedos de pianista,
que te tocam,
que te enlouquecem,
dizes me louco...
a mim que sou mármore branco em terra preta...
e quando és tu a louca por me querer enlouquecer.
Depois de doido, será na loucura que vais viver...
loucura de sentidos,
loucuras sensuais, de quem pressente...
que é no sentir...
dos corpos e das almas...
que os sonhos se tocam...
e as vidas se unem.

sábado, 2 de janeiro de 2010