Livro "Quimeras Desconcertantes"

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Corpo Despertado

Dançarina nas noites...
Freira nos dias...
Danças e fazes dançar...
Elevas-te e fazes elevar...
E em cada despertar...
La estas tu...
Teus olhos de sonho...
Teus gestos de trebaruna...
Tua chamada de atenção em desnudo corpo...
Que pela sua pureza...
Clama por amor...
E sorris...
Infantilmente...
Docemente...
Buscas...
Meu olhar...
Perdido nos teus seios...
Percorrendo tuas coxas...
E ansiando teu ventre...
Sorris...
Com um bocadinho de maldade no teu olhar...
Pretendes voos...
Pretendes sonhos...
com aromas de violeta no ar...
Eu admirando-te...
...
Fumo meu charuto...
Quase frio...
As cinzas são o unico movimento que fitas...
Sua queda despertada do ardente queimar...
Tu bela...
Sedutora...
Eu...
Gélido...
Mortal...
A explodir de desejo...
Introvertidamente desesperado...
De morder teus seios...
De perguntar ao teu corpo...
Qual o seu sabor...
E valsar nos teus braços...
E em cada passo da nossa dança...
Num gemido perdido da tua boca...
Dizer-te...
Não sei se te amo...
Quero-te.
Não sei se te quero....
Mas desejo-te.
Não sei se desejo-te...
Mas sinto-te.
E em cada vez que sentir...
Teu corpo se contorcer de prazer...
Mais vou querer o fazer contorcer...
Mais fome terei do teu corpo...
Mais sede terei da tua boca...
E mais vezes...
terei de te convidar...
para dançar...
mais uma vez...
comigo...
nesta noite.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Anjo Diabo

La estas tu deitada...
Corpo de anjo, alma de diabo...
Seduzes-me cálidamente...
seduzes-me mortalmente...
enlouqueces-me dementemente...
Esvoaças em prantos vibrantes...
Onde os sons das lágrimas são magos passos
Onde conquistas e reconquistas os demais...
Olhas para mim...
Olhar mortalmente marejado...
Despes teu corpo...
Abres tua alma...
Não queres saber da dor,
Não queres saber de sentimentos...
Queres viver no limite dos desejos.
Queres adormecer os teus anseios...
Mil vezes nos meus braços...
Mil vezes nos braços de mais alguem...
Mil vezes sozinha em Pranto...
porque afinal...
não te encontras em ninguem.

Cálidos Seios

A morte arrancou-te...
Lábios de mulher...
enlouquecidos na boca de outra ninfa...
corpos esculpidos...
envolvendo-se em cetins lençóis...
Lá fora o frio...
Cá dentro o arrepio de corpos...
de linguas que se descobrem...
de bocas que se mordem...
de seios que se tocam...
De corpos que se mutam...
ao som de vozes...
dedos que se percorrem...
mãos que se apaixonam...
de pele cálida...
e seios brancos...
deixou no pranto...
uma enlouquecida alma...
tocada...
Por uma divinal mulher.