Livro "Quimeras Desconcertantes"

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A última batida...

Olho para o nascer do Sol... Eu perco-me nas suas cores...Estou infinitamente perdido na profundidade de pensamentos ocos e sem sentido.Procuro a explicação no propria função do ser.Ele não me explica. Nada explica... hoje poder ser o último dia em que acordo e em que o sol me aquece o corpo.Nada me justifica amanhã o amanhecer ser sombrio e fechado.Desfaço a cama. Arranco estes lençois. Sinto o frio da madeira. O arrepio na espinha.As provas que estou vivo. Hoje... Agora... Sim... Ainda vivo...Ainda sonhador... Ainda ébrio de sentimento...Vou me levantar... E vou procurar-te...Vou alterar que o fim seja amanhã.Vou mudar que algo me consiga fazer esquecer.Batas deram a pena Capital...E eu andei toda uma noite pelas ruas cruzadas que me separavam de ti...Numa delas qualquer... me perdi... e não te encontrei...Sentado na beira do passeio...Sentado no encalço do sonho...Estou a susurrar... Que o percurso foi acabar...Sem ainda ter começado.Novo ou velho, sonhador ou de misterio...Alma penada de carne e osso, com tanto para viver...E segundos para se encontrar...Na última batida no meu peito será quando foi dada a ordem...Vou ... encontrar-te...E olhando-te nos olhos...Vou-me eternizar...Não...não irei morrer...se nesse olhar eu ficar...E na última batida sorrirei...porque no teu olhar...perdurará todo o meu amar...
(Se alguém tiver de dar um passo na sua evolução... não deixem de sonhar... voem...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Inspiração dos meus sonhos,não quero acordar...
Se acordar é viver sem ti...