Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Matei a lua...

Os meses voaram...
Sonhos refeitos, desfeitos e puramente perdidos...
Desenhei-os todos no teu corpo, era ele o meu poema ...
Admirava-o, quadro vivo, quadro brilhante,
Os sonhos estavam nas tuas mãos...
Os sonhos estavam nos teus dedos...
Voei num voo de asas arqueadamente...
Vi andares perdidos na minha visão...
quiz abrir asas apesar de ser tão pequeno...
não conseguia pois tudo o que te tinha te estava entregue...
Rasgas-te todas as minhas cartas...
Rasgas-te todos os meus quereres...
O caminho tornou-se fácil quando vi que não tinha sequer já asas
logo seria facil nao voar...
Facil nao existir...
Facil nao ansiar...
Caminhei...
As palavras cruzavam-se.
As mãos tocavam-se...
Desenhava eu os teus traços num lago...
Lembrava-me de todos os teus pormenores...
E esquecia tudo o que de errado sumia no meu corpo...
Tudo o que de negro tinha apodrecido naqueles lindos luares.
A paixão morre e o mago continua vivo.
E outros gestos se levantam...
E por incrivel que pareça...
O fim, pode não ser o fim...
E depois de um último capitulo...
Vem um novo volume...

Um comentário:

Anônimo disse...

Há sonhos que de tanto sonhados,imaginados e desejados,não acabam...e o dia torna-se pesadelo...os meses não passam,mas o dia demora a passar para o sonho sonhar...e dele surge o homem desejado,tantas vezes imaginado,de olhar profundo,sorriso doce e voz meiga,calma e profunda...e por incrivel que pareça,depois de uma noite sonhada,o dia é igual ao anterior...porque não há e nunca haverá outro capitulo neste sonho tão amado...