Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Abraçar a ilusão

Ouve o silencio de lá de fora...
ele assobia sombras...
cheira a perfumes de outrora...
sentes agonía dentro de tí...
abraçaste no chão...
sentes a falta daquele calor...
aquele que se esfumou...
nas brumas do silencio...
ser de luz longinquo...
era ele a tua fonte de calor...
nestas noites frias e arrepiantes...
e ele se foi...
abraçaste e remóiste no chão...
ele abandonou-te...
ele perdeu-se...
ele vingou-se na tua pele...
essa que agora é fria como o gelo...
branca como o cal...
procuras no teu abraço...
sem o encontrar...
procuras o sentir...
sem o pressentir...
e adormeces na noite...
em gélido chão...
nesse teu abraço...
de ilusão.

Um comentário:

Anônimo disse...

...mas ao adormecer desperto novamente no calor do abraço desejado...e os cheiros,os toques,o calor invadem todo o meu corpo...senti-te e amei-te em mais uma madrugada fria.