Livro "Quimeras Desconcertantes"

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alvorada Perdida

Procuro em mim,
o que não existe em ninguem,
mas perco-me na procura,
pois o que procuro!...
não existe nem aqui, nem ali nem além...
procuro o que não está inventado,
procuro vida...
a vida como a desenho!!
em brocados de papiro,
que vislumbram magias...
magias de artes perdidas,
que eu vou inventado,
em todo o este sonhar,
sonhar que me faz voar demasiado alto,
e ansiar o que não posso ter...
é um sonhar que me devia fazer brilhar...
faz-me chorar, lágrimas perdidas,
de quem nunca vai estar bem,
porque sabe que os seus sonhos,
não existem...
para além dos seus descabidos pensamentos...
e um a um...
como num castelo de cartas,
eles se derrubam uns aos outros...
e até me pergunto...
quando cairá a última carta...
para quando o fim de acreditar,
que ainda posso ter mais,
do que não tenho em mãos,
do que sinto,
do que desejo,
afinal...
não sou mais que ninguém,
mas também não sou menos!...
será que nem a um terei direito?!
será que nem uma das paredes do meu castelo,
ficará erguida?
como uma torre de menagem,
aos sonhos perdidos ou encontrados...
de todos nós...
que mais ou menos uns que os outros...
todos sonhamos em irrealidades,
para além destes mundos...
todos queremos sair da sombra,
e sentir que somos mais que especiais,
para alguém...
para alguém que do nada pensará em nós...
e sentirá... que nós...
somos mais que a carne que nos veste,
e os pensamentos que nos preenchem...
somos uma alma...
que é transportada para um coração...
num breve pensar,
num breve sonhar...
de sonhos irreais,
que se cruzam magicamente,
nas brumas de uma encruzilhada qualquer...
até ao caír da última carta...
poderei chorar lágrimas de vidas...
mas continuarei...
firme como uma rocha...
a acreditar,
que os sonhos irreais,
são tão reais como tu, como eu...
e como o sol que nos banha e nos aquece a alma...

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