Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Maria

Com ar de quem navega sozinha,
Ar de quem não sabe o que sente por nós,
Ar de mistério perdido no além…
Deixa-nos a sonhar, a vibrar, a encantar,
Que a chuva abençoe um beijo,
O céu e o mar façam eclipses lunares,
E no perdurar, perduro no teu olhar,
Em que fico a vê-lo a pensar…
Ele não pensa em nada…e pensa tudo enlouquecer,
És já maga dos meus pesadelos,
És já feiticeira das brumas que me capturou…
Ando a arder, a sonhar, por mundos mágicos…
Maria…encaixo-te na minha alma,
Siderado pelos momentos que te toco…
E antes que me quebres…
Tatuo-te em mim, e agarro-te no meu coração,
Para não teres de fugir…porque não o queres…
Para também te enlouqueceres,
Para vibrares neste meu siderado olhar,
Olhar apaixonado, olhar embriagado por cada gesto…
Por cada momento quebrado no silencio do nosso toque,
Por cada magia que acontece quando a lua já vai alta,
Voltei a amar, voltei a sonhar, voltei a sentir…
O sangue a correr em mim…
A vida a nascer a cada perfume da natureza…
Voltei…
A estar vivo.

Um comentário:

MARIA disse...

Um poema dedicado a uma Maria.
Que lindo que é Alexandre.
Sente-se a intensidade de cada palavra, a expressão de uma beleza dos sentidos que só uma mulher muito especial inspira ao coração de um homem.
Conserve a inspiração da sua Maria e continue a encantar com a sua poesia.

Um doce beijinho amigo
Maria