Livro "Quimeras Desconcertantes"

sábado, 3 de novembro de 2012

Pregos na Cruz


Um amanhecer despercebido,
a sentir uma indiferença pelo espelho,
uma indiferença pelo espaço...
sinto a cobiça na angustia do momento,
e os sete pecados abençoo no avançado da hora,
relembro-me dos pregos na cruz,
que fui pregando,
passo a passo na vida,
e criando o meu avatar,
das perdições dos amares,
apaixonei-me e não quiz saber,
ciclicamente...
infinitamente...
fui seguindo este momento...
a vida mesmo assim,
indicou-me um prego,
para o meu avatar.
E eu fui o criando...
E eu fui moldando...
até ao dia...
em que deixarei de ser...
Um puro inocente,
que jaz nas tuas mãos,
um puro mago cheio de pecados,
e que vive no teu mundo,
e vive no meu mundo...
abençoado pelos espíritos do além,
prosaicos seres,
que te procuram,
até ao fim dos dias,
e não querem saber,
quem és...
só te perseguem,
porque querem saber,
o que me fez...
o que me vergou...
e o que me levou...
a apaixonar por ti.


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