Livro "Quimeras Desconcertantes"

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Nada posso almejar

Porque sinto eu,
vontade de escrever a tristeza,
na sua altiva inocência,
de ser mais do que sou...
e no final as lagrimas caiem,
os sonhos não existem,
e os magos estão cansados,
de serem mais do que são...
Por mais que pense,
por mais que deseje,
nada chega,
nada transpõe,
a imensidão...
do vazio que me vai na alma,
vazio de tudo, vazio de nada,
e os sonhos do infinito,
a nada posso chegar,
a nada posso ser,
a nada posso almejar,
além do marca passo,
a que estou sujeito,
nesta vida acorrentado,
acorrentado ao que não quero,
acorrentado ao que não sou,
privado do que sonho...
mesmo não sonhando nada...
do tudo que sonho.


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