Livro "Quimeras Desconcertantes"

sábado, 24 de outubro de 2009

Choro nas brumas

Levantas-te e achas que nada está bem
O choro das crianças,
a fome de almas
que como tu e eu,
precisam de se alimentar,
beber, viver.
E por hironia do destino,
e por anseios de quem nunca nada teve,
nem nunca terá...
se perdem em choros e dores,
de quem quer comer,
e não come.
De quem quer beber água,
e os deuses a negam,
a eles...
que são filhos do vento...
filhos que tiveram o azar,
de serem filhos dos pais,
dos deuses da fome,
e do destino,
que ao seu primeiro choro,
os abençoou,
com a profunda dor...
de nem ontem, nem hoje, nem amanhã...
poderem a sua alma engrandecer,
e dos sonhos viver,
porque os mais básicos anseios,
passam pela fome e pela sede,
que nem tu nem eu sentimos...
mas os filhos do vento...
as tomam pelas suas biblias,
pelos seus dogmas,
e pelos seus dez mandamentos...

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