Livro "Quimeras Desconcertantes"

domingo, 25 de abril de 2010

Brava Solidão

Houve alguém,
que um dia me segredou ao ouvido,
que a pessoa que eu sou,
não será escrava da solidão...
Os dias voaram, e os sonhos foram terminando,
Hoje olho na janela, chuva intensa...
...a água escorre com um sentimento de culpa.
De ser ela as barras da minha clausura.
Pergunto-me sem me responder...
Respondo-me sem me perguntar,
afinal onde ando eu?!
que não é neste corpo que eu vivo,
nem é nesta alma que brilho,
vivo além...
bem além...
de tudo e de todos...
vivo na solidão das brumas,
na minha eterna e humilde solidão.
Não sou escravo...
sou rei dela...
neste reino...
que é so meu.
Onde eu mando e desmando...
Onde ninguém magoa ninguém,
e a vida...
deixou de ser de mais alguém...
cá vivo na clausura,
de um brava solidão...

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