É um sentimento que deixas,
um rasto que permanece,
um rasgo de loucura e vida,
que me fica nos poros,
a cada beijo que deixei por dar,
a cada vibrar que matei no teu olhar,
e nesta vida que guardo dentro de mim,
neste rompimento que me engrandece,
neste fogo que me explode...
sentirei que estou sozinho,
nesta minha estrada,
de rosas negras e alecrins,
que vou sem volta,
que vou sem rumo e sem gloria,
sem musica nem orquestra,
vou eu comigo,
ao compasso do meu coraçao,
onde ouço os passos na terra,
essa que não me falha,
essa que está ali sempre,
a amparar as minhas quedas,
essa em que eu confio nas noites frias,
e nas noites magas,
onde as estrelas me iluminam,
a essencia de ser mais alguem,
e afinal não ser ninguem,
porque fiquei perdido em alguem,
que não me olhou como eu a olhei,
que não viu o vibrar de uma alma sofrida,
que entregou o seu farrapinho,
a espera que pegassem em si,
e aquecessem a sia vida,
que acendessem as velas,
nesta escuridão que me acompanha,
à seculos de vidas e noites...
Mas não me importo,
esta escuridão é a minha companhia,
esta escuridão não me abandona,
posso contar com ela,
e na sua tristeza...
sorrio...
porque sou feliz...
na sua companhia.
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