ao sentir o teu perfume numas escadas deixado,
breves notas de ilusão,
breves suspirares de maresia,
breves magos sons de nostalgia,
em gritos adúlteros,
em corpos que se consomem ao som do tique-taque...
meu coração a suspirar um só beijo,
um vislumbrar de teu olhar,
que se perde no meu pelo tempo...
um breve toque em tons pastel,
a cobrirem a tua doce pele,
lábios em carmim, lábios carnudos,
lábios envoltos em desejos,
que ditam noites mágicas,
que perfazem noites trágicas,
de quem se perdeu onde não se devia perder,
que olhou para onde não deveria olhar,
e perdido na perdição,
daquele olhar cobiçado pela penumbra,
agora estou inocentemente escravizado.
Escravizado da hora de voltar a ver-te,
escravizado pelo diabo que me consome o meu corpo,
nesta paixão que vagamente permanece ao som do sino,
que vai entoando lá ao fundo,
Quis permanecer acordado,
mas adormeci... depois de sonhar...
Aquele perfume que me enlouquece,
quebrar as barreiras, quebrar o mundo,
para te olhar, para te agarrar,
quebrar os sonhos para te ter nas minhas mãos,
não quero saber, não quero a razão...
quero-te no meu mundo,
quero-te na minha razão,
nem que seja pela alma desta canção,
na magoa do som que vou entoando...
passo a passo,
sintoma a sintoma,
só por um aroma,
que permanece encrustado nestas paredes...
que endeusam estas escadas...
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