... "Alexandre" ...Rolam lágrimas de dor.Clamam por esperança...viver um amor que perdure na rocha da vida.Sentir o vibrar do céu.Sentir que os rios correm para o mar.E que o sol depois de uma trovoada continua a brilhar.Só pergunto para onde vai a águia que mora em mim?...
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domingo, 25 de janeiro de 2009
Noites de Febre...
Tento sentir esta febre...
Febre diabólica...
Febre mortal...
De morrer num sabor de um teu beijo...
Que a vida já deixou de estar errada...
E os sonhos simplesmentes se encaixam...
Enquanto sinto esta febre do desentendimento...
Relembrar o que vivi e não vivi...
Não acabou...
E já morreu...
Não se eternizou...
E é infinito...
Despedaço a carne contra o chão...
Numa agonía do abandono...
Numa ansia do teu beijo...
Perdido ou não...
A febre diabólica...
Cá anda...
Cá mora...
A ânsia do que tenho e não tenho...
A agonia de querer mais...
E não te ver no meu horizonte...
Procuro-te...
E perco-me nestas ruas duma cidade sombria...
A luz foi perdida...
O mar levou as lágrimas...
E os penhascos clamam pela minha alma...
Procuro-te...
Para te dizer que não acabou...
Que esta febre não me larga...
Que a cura mora nos teus quentes lábios...
Aqueles das noites de luares...
Aqueles que mordiam nas noites de paixão...
Quero sentir nem que seja num fim...
O teu perfume ao pé de mim...
...
Estou no penhasco...
A morte será um presente...
Porque com a liberdade...
De um corpo arrancado à alma...
Poderei ír...
Voar...
Até ao pé de ti...
E sorver o teu perfume...
Beijar os teus lábios...
E ser feliz...
Porque existes...
Sim...
E ao pé de mim...
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Puro amor...
Se nas pinturas eu discutisse...
O que era o amor...
E o que seria...
o mais casto desses amores...
o platonicamente beijo...
teria eu de pintar...
numa tela manchada de puro talco...
Encheria o quadro de pétalas de rosas brancas...
Onde te deitaria...
Coberta de um véu branco...
Coberta do pó das estrelas...
Teria de te emoldurar no meu quarto...
E eu platonicamente apaixonado por ti...
Deixaria de comer...
Deixaria de beber...
Porque apaixonado por tão puro ser...
Ficaria colado nos teus traços...
Por mim desenhados...
Por mim inventados...
ser tirado da minha cabeça...
ser tirado dos meus sonhos...
inventas-te os meus desejos...
inventas-te os meus mandamentos...
e enfeitiçaste-me a mim...
tu que só és uma figura...
da mitologia do meu cérebro...
e eu...
Morreria nesse quarto...
Para não ter...
De descruzar o meu olhar...
Desse tão altivo altar.
Enlouqueço os sentidos...
Posso querer sempre superar-me...
A minha meta alcançar o infinito...
Para nele sentir...
Que o mundo é tão pequenino...
E poderei ainda ser mais do que o mais...
E atingir...
Para além de um infinitamente definido...
Que devia ser o extremo não alcançável...
E esse extremo alcanço...
Mas não ficarei por aí...
Porque se um extremo se alcança...
Eu tiro ilações da natureza...
Como nas marés que banham as nossas praias...
Ainda verei...
Que como o mar vai e vem...
E como a terra roda continuamente num sentido elipsal infinito...
Se cheguei ao infinito de algo....
Terei a certeza...
Que só terei chegado ao inicio...
De caminhar...
para outro infinito...
E voltar a superar-me...
no que não posso superar...
No que a alma já não alcança...
E alcançar...
O que quero...
Voltar a superar-me...
E se o superar...
Só saberei...
Que mais uma vez nada sou...
Porque se nunca chego...
Ao supremo superar...
Em que nada mais há para superar...
é porque afinal não sou ninguém...
E afinal é fácil eu me superar...
porque eu afinal...
sou ninguém.
Na morte... ainda não acabou
Lágrimas de sangue...
Explodem ao ver-te morta neste jazigo...
Arrancaram-me a carne do corpo...
Arrancaram-me a vontade de viver...
Só desejo que a senhora morte...
Se apaixone também por mim...
Para no teu rasto eu poder seguir...
Neste mundo já não te vejo...
...
Em que mundo andarás tu...
...
Qual será agora o aroma da tua alma...
Qual será agora o brilho dos teus olhos...
Agora que a donzela negra te levou...
Como baterá o teu coração...
Agora que o teu corpo está frio...
Mudas-te de estado...
Não mudas-te a tua pureza...
Não consegues fugir ao teu encanto...
Deposito um beijo nos teus frios lábios...
E sussurro ao teu ouvido...
Sossega...
Que ainda não acabou.
Poeta não sou...
Poeta não sou.
Escrevo o que me vai na alma.
Escrevo o que me vai nas veias.
Não componho música...
Não pinto quadros...
Simplesmente expresso-me...
Se te toco...
É porque a minha expressão é demasiadamente dramática...
E do erotismo do dramatismo...
Faço-te suspirar...
Por que o não Poeta...
Seja um Poeta dos teus lençóis...
E deste Poeta
Que não é Poeta...
Nascem parcos versos...
Em busca das tuas leituras...
Em busca dos teu sorriso...
Não sou Poeta...
O meu perfume é só um complemento da minha alma...
Não têm rimas de Poemas estas linhas...
Não têm melodias nas suas guelras...
Só seguem as silabas tónicas dos sentimentos...
Só compõem ao compasso do meu coração...
E conforme o fumo do meu charuto se esfuma no quarto...
As frases perdidas que aqui lanço...
Parecem valsar à minha frente...
Para do não Poeta fazer um não Poema...
Que fará-te corar ao ler...
Porque te fará suspirar por um verso que não é verso...
E de uma mão que não compõe a tocar nos teus seios...
E de uma boca que não canta a beijar-te o corpo...
E deste não Poeta...
Que nem asas realmente tem...
Pedes que salte...
Mesmo sabendo que se despenhará...
Porque ele não voa...
Só sente...
Porque ele não sente...
só se deslumbra a si mesmo...
Enquanto a lua percorre o seu quarto de vidro...
E os magos versos que aqui são cozinhados...
De não versos são compostos...
Para simplesmente te fazerem...
Sonhar.
Reescrever Vida
Acabo cada dia com um pedaço da minha vida...
Para no dia a seguir o reerguer ao som de uma canção.
Pastel pintado o meu dia...
Vai mostrando que não está acabado...
Que a cada segundo vem outro...
E que quando penso que é o fim...
Não esta acabado...
A esperança permanece...
A alma se engrandece...
E corpo se reescreve em mais um pedaço de areia...
Que o mar teima em apagar...
E a música teima em nos voltar fazer reescrever...
Queres viajar pela noite
Queres viajar...
Conhecer Veneza e os seus canais...
Nesses em que por entre o teu vestido...
Toquei em tuas coxas...
Queres ir a paris...
E no cimo da Torre Eiffel...
Desejas que te ame...
Toda a noite...
Enquanto a cidade iluminada...
Assiste a uma valsa composta...
Queres mergulhar nas claras águas do México...
E sentir-me tocar-te nas costas...
Enquanto estremeces de tanto fervor...
Queres viajar...
sim...
mas não queres sair deste quarto...
não queres sair destes lençóis...
só queres sim...
Ter-me a amar-te toda a noite...
Queres sentir-me dentro da tua alma...
Queres-me o meu transpirar a esvoaçar pelo teu corpo...
Queres sentir-me ofegante...
E queres que eu pernoite toda a noite...
com o meu olhar...
no teu olhar...
Queres Viajar...
Mas pelo que vejo...
É so pelo meu olhar...
Déjà Vu
Escrevo num Deja vu do que iras viver reflectido no meu olhar...
Escrevo ao saber-te ler estas linhas abençoadas pelas tuas lágrimas...
Lágrimas caídas durante o meu sono...
Lágrimas percorridas de sonhos...
Sonhos desfeitos, refeitos... e perdidos...
Escrevo num Deja vu de amores...
Esses que vais viver em mim...
Em cada linha lida e relida...
Essa vela derrete...
E a noite passa...
E os teus olhos percorrem linhas e linhas...
À espera que destas linhas...
Salte a minha voz...
Que destes pensamentos...
Saía um pensamento sobre ti...
Desfolhei-as os meus pensamentos,os meus gostos...
E a cada segundo arrepias-te...
Voo bem longe de ti...
Mas voo.
Sinto...
Vivo...
E escrevo...
Num Deja vu do que viveremos juntos...
No amanhã estarei a percorrer teu corpo com o meu olhar...
Pintarei a tua tela no meu sonhar...
Corpo de mulher...alma de menina...
Dançarei contigo até as consequências serem graves...
Graves ao toque do beijo...
Graves ao toque dos corpos...
Graves até as asas nascerem das minhas costas...
Pegar em ti...
E levar-te para o meu mundo...
Onde o sonho é a realidade...
A realidade o sonho...
E o meu perfume estará nos teus dias...
em cada passo sentirás magia...
Em cada movimento voarás...
Em cada segundo...do tempo...
Escrevo eu...
Agora...
Desse Deja Vu...
Que te faz suspirar hoje...
Que te fará suspirar amanhã...
E que te fará delirar...
Neste deja vu...
Onde o sol toca o teu rosto...
E os sinos vão o anunciando...
E amanhã quando os ouvires tocar...
Está atenta...
Ólha para trás...
Poderá ser nesse dia...
Ou noutro dia...
Mas num dia...
Eu estarei lá a olhar para ti...
E nesse dia saberás...
Que a promessa de um Deja Vu...
Já deixou de ser promessa.
E que a profecia esperada...
Mais do que ansiada...
Estará na ponta dos meus dedos...
No brilho do meu sorrir...
Na toque dos meus lábios...
Essa profecia...
Que te fará também ter asas...
Não ter medo de saltar...
Não ter medo de viver...
Porque aí saberás...
Que para lá do salto existe o sonho...
E para lá do sonho a magia...
Apoteóticamente carnal...
Magistralmente pura...
Serás anjo em corpo de sereia...
E...
Ao toque...
Aos sentidos...
As lágrimas cobrirão os rostos...
Dos que não acreditam...
Dos que não permanecem no sonho...
Porque o mundo já corrompeu todos os seus cristais de luz...
Mas tu...
Saberás...
Ao me olhar...
Que a profecia...
De um grande amor...
Que lestes numas linhas perdidas quaiqueres...
Num livro de cabeceira atirado pela madrugada...
Essa profecia existe...
E num Deja Vu...
Esse amor já foi escrito e reescrito...
Ás mãos de um pergaminho por aqui deixado...
Por ti lido...
Por mim relido...
E por nós vivido.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Vem...Se és capaz...
(Ele)
Vem durante a noite...
desvenda os teus segredos vendando-me os olhos...
brincas com os meus sentimentos...
brincas com o brilho do meu olhar...
Satisfazes os teus desejos no meu corpo...
...
Vem durante a noite...
Esse teu brilho que me quer matar...
É enlouquecido pelos traços da noite...
E é morto pela brumas mortiferas de um tango
que dança nas ternas curvas do teu corpo.
...
Vem e enlouquece-me...
E verás que em vez de me enlouqueceres...
Terás a imensidão dos sonhos no teu olhar...
Vem de mansinho...
Com o teu perfume fresco primavera...
...
Vem eu desafio-te...
Veste as tuas melhores vestes...
E tenta fazer-me o mais sidério dos deuses.
Vem devagar...
muito de mansinho...
para eu admirar o teu andar...
para eu me perder no teu olhar...
Aproveita que o sol já se pôs...
Aproveita que me vês no teu espelho...
...
...
...
(Ela)
Sim eu vou...
E quando pensares que me enlouqueces-te
eu vou te virar costas...
Irei fazer-te desejar-me amar...
Irei fazer-te enlouquecer de amor...
E quando olhares nos meus olhos...
E os teus lábios se derigirem para os meus...
Sedentos dos meu toque...
Sedentos do meu sabor...
Eu vou te virar costas...
Vou levantar a cabeça...
E altivamente irei caminhar dalí para fora...
Ainda virá o homem que me roube a pose de maga...
...
...
...
(Ele)
Então se tens tantas certezas...
Porque não te atreves a chegar ao pé de mim...
Porque desvias o olhar sempre que o meu se cruza com o teu...
Se és tão dona de ti...
Que temes tu...
Seduz me então raínha do ópium...
Enlouquece-me já que tanto o queres...
E eu também o vou querer...
...
E nesse beijo...
Que pensas fugir...
Eu irei agarrar-te...
E irei roubar-te o beijo...
E se pensas que não te enfeitiças...
Atreve-te então maga...
...
...
...
(Ela)
Eu vou dançar essa tua valsa...
Como vez estou próximo de ti...
a olhar bem os teus olhos...
e não caiu na tentação dos teus lábios...
sou mais forte que qualquer desejo...
(Ele)
E eu...
Que estou a admirar os teus olhos...
E que enlouqueço com o teu perfume...
Aqui quieto fico...
Afinal quem é o mais forte dos dois...
(Ela)
Serei eu que estou ofegante de tanto desejo...
Serei eu que vibro so de imaginar a tua mão...
O dejá vu de tu a me amares parece penetrar-me a mente...
E os sonhos palpitam para alem da mente...
(Ele)
Sou eu que me aproximo ainda mais dos teus lábios...
Estou a meio palmo deles...
Eles clamam por ardor...
Eles clamam por fervor...
E eu consigo ficar impávido e sedento...
(Ela)
(Vira costas)
Como vês deixei-te ansioso de amor...
Ansioso de paixão...
Irás pensar em mim amanhã e depois de amanhã...
Acabei de entrar para sempre na tua vida...
E também o vou sair...
Deixo te o rasto do meu perfume...
Se fores mágico...
Segue este rasto...
Eu amanhã a noite perdurarei...
Em lençois a cubrirem meu nu corpo...
Ele ficará a tua espera...
Encontra-me...
E eu serei tua...
(Ele)
Mais do que te encontrar...
Eu irei amar-te e encher-te de brocados de sentimentos...
E na leziria em flor...
Eu irei eternizar o nosso amor...
Serei mais do que um só homem...
Serei o teu Homem...
Serei o teu mago...
Mais do que vês...
Mais do que sentes...
Irei despir a minha alma...
Deste corpo que me acompanha...
Deste corpo que me prende...
Pegando na tua pérola-alma...
Mostrarei que o pôr do sol não é mais do que um por do dol...
Se não for assistido por ti...
Que a lua se envergonha com o teu brilho...
E que maga dos sentimentos tu és...
E serei o único homem...
A conseguir-te enlouquecer...
Vem...
...
Vem...
Ter comigo minha apoteótica ninfa...
Saí desse teu cantinho do mundo...
Vem enlouquecer-me se achas que consegues...
E segrada-me ao ouvido todos os teus futuros pecados
cometidos na nossa alcofa...
Vem...
se achas que és capaz...
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Notas de Amor
Valso nos teus olhos e perco-me na imensidão dos teus sonhos...
Pego no teu sorriso e emolduro num retrato a óleo que vou fazer so para ti meu amor...
Vou-o pintar em tons de pastel e óleos doces sabor mel com os quais irei desenhar-te...
...em mim...
Tatuando teus lábios no meu corpo...
Ao som das tuas pestanas...
Que entreabem devagar...
Quando me vêem passar e sorrir...
Olhos que não se descruzam...
E durante a noite...
Quando o céu coloca o seu vestido de gala...
Eu irei para um grande penhasco cantar...
E lá colocarei aquele piano de cauda...
Sim esse meu amor...
Preto... de onde os tons sairão mágicos....
E do negrume farei a lua se iluminar só para ti meu amor...
Valsa para mim...
Valsa ao som deste piano...
Que eu irei tocar até o sol deixar de pernoitar...
E aí...
Neste piano te irei estender bem devagar...
E até a lua voltar...
Te irei apaixonadamente amar...
sábado, 10 de janeiro de 2009
A cortesã
Vívia na solidão...
Numa tremenda solidão...
Solidão que me abençoava os olhos...
Os dias cópias de canções de discos riscados...
Momento vibrantes só quando nos sonhos adormecía...
E a anestesía fazia-me adormecer da solidão...
Existem noites iguais a tantas...
E tantas iguais a outras tantas...
E eu vívia nesta imensidão de cópias...
Onde as rotinas eram a minha forma de viver...
E os meus sonhos...
Nada mais do que meros acordares da rotina...
Para logo depois adormecer...
Outra vez noutra cópia...
Mas esta noite não era uma noite igual...
Diferente delas todas...
Saí para tomar um café...
Saí para algo mudar...
Ultrapassei a estrada...
Ameno tempo...
Amena brisa...
Numa noite coberta de brumas...
Estava para entrar naquele café...
Onde a rotina sería substituida por outra rotina...
E lá estavas tu...
A olhar para mim...
Cortesã da noite...
Cortesã... dos ricos e dos pobres...
A que faz sonhar quem não sonha...
Estavas a chorar...
Fumavas uma cigarrilha...
Vestida com um vestido comprido...
de gala...
as tuas meias de rede...
as tuas luvas de preto cetim...
e as lagrimas descubriam uma perfeita maquilhagem...
Desviei-me da porta do café...
E cheguei-me ao pé de ti...
viraste-me costas...
Como envergonhada...
Desprezada pela vida...
Desprezada pelos homens...
Que te usam pelo corpo...
Que te usam pelo prazer da carne...
Choras de dor...
Choras de rancor...
Mal te seguras nos teus botins de cristal...
O teu cabelo dourado...
O teu sorriso meigo...
E as lagrimas de cristal...
Não quero saber se amas-te mil homens...
Não quero saber se vibras-te mil vezes...
Choras...
A dor magoa-me...
E faz-me sair da rotina de não sentir...
Quero sentir as tuas lágrimas na minha face...
Quero beijar o teu rosto de cera...
Pego na tua mão...
E levo-te dalí para a minha casa...
Coloco-te em frente a uma lareira...
descalço os teus lindissimos pés...
E fico ajoelhado a teus pés...
Olhando o teu lindo rosto...
Que fica a olhar o infinito dentro das labaredas da lareira...
Levanto-me...
Beijo teus lábios...
...
E como se tivesse carregado num botão mágico...
Tu sorris para mim...
Com um olhar tão terno...
Com um olhar tão mágico...
Levantas-te...
E ao som de uma música melancólica danças para mim...
O teu vestido brilha...
E tu danças uma valsa sózinha...
Com o calor a nos aquecer as almas...
Cortesã antes...
Agora uma menina...criança...
Que brinca ao som da música...
E sorris para mim...
Nesta noite...
Presente de uma vida...
Fim de uma noite de rotinas...
Deitas-te ao pé de mim...
A sorrir...
Beijas-me...
E agarras-te ao meu pescoço...
E por lá adormeces...
Abraçada com tanta força...
Que parece que tens medo que eu não seja mais nem menos...
Que uma visão das brumas...
Mas está descançada minha doce cortesã...
Que a partir de hoje...
Não vais ter de cantar mais canções...
Nem viver mundos que não os teus...
Não mais te vou largar...
Mil homens te beijaram no passado...
Mas só um neste futuro que hoje começa...
Irás agora amar...
Para mim nasces-te...
Para mim és virgem e casta...
Para mim...
Que te irei desposar...
Serás a partir de agora a mulher mais integra...
A mulher mais apaixonada e feliz...
Agora que simplesmente...
Me quebras-te a rotina...
Voo de Almas d'amor
Brilho incumensorável...
Vejo nos teus olhos...
Perco os meus pensamentos nos teus...
Vejo-te linda e dourada...
Vejo-te sorrir...
E perco-me na profundidade dos teus gestos...
E anjo como sou abro asas...
Voo para caminhos desconhecidos...
Das tuas canções...
Onde estou a beijar-te o corpo...
Onde estou a beijar-te os lábios...
Onde te segredo ao ouvido...
-És tu...
Onde pego em tí como se de um violino fosses...
E toco nele toda a noite...
Os mais belos acordeãos de amor...
Ouço o teu respirar ofegante...
O teu coração disparado...
E danço contigo toda a noite...
Num vibrante brilhar...
Num vibrante amar...
Onde os anjos pernoitaram nas nossas almas...
Onde os magos perderam as horas...
Enquanto os nossos corpos se tocam apaixonadamente...
Perco a minha boca nos teus seios...
Perco o meu olhar nas tuas pernas...
Perco a minha alma no teu coração...
E digo-te ao ouvido...
-Serás sempre tu...
Olhos nos olhos...
Boca na boca...
Alma na alma...
Um só corpo em voo de almas...
E a noite caminha...
E a lua voa no céu do nosso quarto...
Enquanto o día amanhece...
Mas eu não quero saber...
Porque o día amanheceu...
Mas a noite ainda não acabou...
Porque ainda não caíu o pano deste palco...
Desta brilhante noite...
Onde todas as canções tocaram em tua honra...
E eu quero voltar-te a amar como se nunca tivesse sequer,
sentido o teu perfume nem o calor do teu olhar...
Quero amar-te mais uma vez e outra...
Sempre como se nunca te tivesse segredado ao ouvido...
-Es tu...
E juro...
Eu juro...
Que por mais noites que amanheçam...
Por mais crepúsculos que assista...
Eu quererei sempre beijar o teu dourado semblante...
Como se nunca tivesse o feito neste sonho...
...
...
...
E enquanto eu voo...
...
...
...
Algo...
...
Acordo deste voo...
...
...
...
...
E olho para tí...
Sorrís para mim...
Como se soubesses o que eu sonhava...
E olhando para tí...
Sinto o teu brilho...
Estremeço...
E digo no meu pensamento...
Neste meu caminho...
...És tu...
O Parapeito
Se estás a pensar em mim...
Eu não quero saber...
Caminho nu na rua da amargura...
O frio enlouquece-me os sentidos...
A chuva lava-me a alma.
E eu não quero saber...
Quantas vezes me disses-te que me amavas...
Nem se estás a pensar em mim...
Aqui juro...
Nas trevas da noite...
Não te irei procurar...
Nem de ti quero saber...
Abençoado pela água benta...
Abençoado pelo frio...
A paixão incomensorável...
Que eu tenho por ti...
Com tanto frio...
Tenho a certeza que terá o seu fogo extinto...
Não atendo se me ligas...
Não abro a porta se tocas a campainha...
E juro...
Juro... Não te irei procurar...
O fogo esse irá ficar nas cinzas...
E não será fenix dos astros...
Não me interessa se quando saio de manha...
passas te a noite a dormir no parapeito da minha porta...
não me interessa se estás coberta de lágrimas...
existem mágoas que nem com todo o teu sofrimento conseguirás...
fazer apagar a dor renascida de há séculos...
Ela virou minha companhia...
Ela virou meu anseio...
Ela é a minha amante...
É com ela que faço amor todas as noites...
Essa dor...
Que me ofereces-te com tanto brilho e alegría...
Ela virou a minha deusa...
Ela virou a redentora de todos os meus beijos...
É dela que eu sempre escreverei...
É a ela que eu irei pintar nos meus quadros...
A essa dor...
Que me ofereces-te...
E eu sempre que saír de minha casa...
E te vir no meu parapeito a chorar...
Irei um beijo te colocar um beijo na testa...
Esse em sinal de agredecimento da linda oferta que me deste...
Essa oferta que permanecerá em mim séculos e séculos...
E quando um dia ela desaparecer...
Tu aparecerás no meu caminho...
Como se fosse uma triste canção...
A recordar-me dessa minha dor...
E eu juro...
Ela permanecerá...
Essa sim...
Renascerá como fenix...
Para todo e todo o sempre...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Mago dos Sonhos...
"E os anjos tocam teu corpo...
Rodam em tua volta...
Querem te beijar irmamente...
querem poder sonhar altivamente...
e dizerem...
mais do que carne...mais do que gente...
mais do que mil sonhos em pele de mulher...
cobres a alma dos pobres de alma..."
...
ando eu a vaguear...
por estas ruas...
procurando sonhos...
Escrevo versos...
Que nem versos são...
Dores de alma...
Que pernoitam na essencia do meu ser...
Vidas que passaram, e eu escrevo para vos fazer sonhar...
Ou simplesmente amar...
Por breves segundos... o estarem a viver.
Olho para o percurso...
Longo e desesperante...
Mas em cada som que me fluí...
Em cada palavra que vos mando...
é uma nota do breve mágico...
Que pernoita dentro de mim.
E há noite acorda...
Não para me fazer sonhar...
Mas para vos devolver...
Algo que nem eu sei...
Nem vocês sabeis...
Ele sabe...
Ele é mágico...
Ele conhece...
Ele é vidente...
Ele consegue...
Vos beijar...
Onde estais...
Ele Quer enlouquecer o vosso coração...
Despertando-vos paixões...
Sonhos...
E nas quimeras da vida...
E brumas das trevas...
Ele vos vai devolver...
As paixões perdidas...
Naquela desilusão do vosso primeiro grande amor...
Vagabundo
Aqui estou...
Perguntas-te por mim...
Perguntas-te onde estou e onde ando...
Ando a enlouquecer-te...
Cavo a minha sepultura...
Já te enviei a minha carta de adeus...
Nela foram as minhas lagrimas...
Nela foram os meus sonhos...
Nela foram todas as nossas recordações...
Agora que aqui estou...
E sei te louca...
A procura do que ja nao te pertence...
A deus foi entregue...
A deus foi sepultado...
A alma do teu guerreiro...
Ela ja jaz...
E ainda nem enterrada esta...
Cavo eu...
A minha sepultura...
Ouço-te gritar...
E já não tenho lágrimas...
deixei-tas todas em testamento...
não mais me pertencem...
agora sigo o trilho...
k o mago da morte me ofereceu...
com todo o seu carinho...
vai me acolher na sua sepultura...
acarinhar o meu corpo...
com a terra húmida...
e vai-me apagar a dor...
do coração que partis-te...
sem dó nem piedade...
e nessa carta que te ofereci...
como oferenda da minha morte...
tb te digo...
que ganhas-te o prazer...
do teu olhar...
nunca mais se cruzar com o meu...
e assim nunca mais vais ter de descruzar...
o teu olhar do meu.
Beijar-te Hoje e sempre Capitulo 5
Passados meses... e anos...
Aquele beijo enfeitiça-me...
O toque da tua pele...
O toque dos teus lábios...
Os teus macios seios...
O teu enlouquecido olhar...
Voo por estes mundo fora...
Percorri a ásia... e a atlantida...
Não te encontro...
Não te vejo...
E o teu cheiro acompanha-me a cada passo que dou...
Já tentei desligar-me de tí...
Mas sempre que acordo...
Voltei a recordar...
Voltei a sonhar com o beijo que ontem te dei...
E gostei...
O sentimento de estar a te amar...
unicamente belo...
de belo... único...
Desejo pernoitar no teu ventre...
Desejo saborear a tua alma...
Desejo mais do que amar-te...
Ter-te...
Perto...
Ver-te...
Perto...
Porque me quises-te enlouquecer...
Se não me quises-te para te amar...
Se achas-te que não era digno de tí...
E depois de tantos anos...
Desperos...
E sentado na rua...
Admiro a lua...
Aquela que presenciou...
O nosso primeiro beijo...
Naquele louco sonho...
Que ainda hoje revivo...
Sempre que adormeço...
...
...
Ouço tua voz...
Sinto teu perfume...
-Sim meu amor...
-Estou aqui...
-Não posso permanecer a teu lado meu amor...
-Porque sou a ninfa do teu amor...
-A maga dos teus desejos...
-A poetisa das tuas rimas...
-Não posso permanecer porque não sou nem real nem irreal...
-Simplesmente sou...
-E vivo...
-Nas linhas dos teus escritos...
-Sou as mil amantes que tives t em todas as vidas...
-E sou as mil desilusões que te endoideceram.
-Não sou mais nem menos...
-Que o fruto do desejo.
-Esse que te aquece o coração...
-Esse que te faz temer amar...
-Mas amas-te...
-A mim fada do pecado...
-A mim ninfa do prazer...
-Amas-te me a mim...
-Em mil mulheres...
-Com mil historias...
-De varinhas de condão...
-Se me queres encontrar...
-Encontra-me noutro amor...
-Encontra-me noutra historia...
-Encontra-me noutra mulher...
-Que te faça voar...
-Eu estarei aí...
-Sempre que a amares...
-A escrever...
"Mais um capitulo do meu diário..."
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