Livro "Quimeras Desconcertantes"

domingo, 25 de janeiro de 2009

Noites de Febre...


Tento sentir esta febre...
Febre diabólica...
Febre mortal...
De morrer num sabor de um teu beijo...
Que a vida já deixou de estar errada...
E os sonhos simplesmentes se encaixam...
Enquanto sinto esta febre do desentendimento...
Relembrar o que vivi e não vivi...
Não acabou...
E já morreu...
Não se eternizou...
E é infinito...
Despedaço a carne contra o chão...
Numa agonía do abandono...
Numa ansia do teu beijo...
Perdido ou não...
A febre diabólica...
Cá anda...
Cá mora...
A ânsia do que tenho e não tenho...
A agonia de querer mais...
E não te ver no meu horizonte...
Procuro-te...
E perco-me nestas ruas duma cidade sombria...
A luz foi perdida...
O mar levou as lágrimas...
E os penhascos clamam pela minha alma...
Procuro-te...
Para te dizer que não acabou...
Que esta febre não me larga...
Que a cura mora nos teus quentes lábios...
Aqueles das noites de luares...
Aqueles que mordiam nas noites de paixão...
Quero sentir nem que seja num fim...
O teu perfume ao pé de mim...
...
Estou no penhasco...
A morte será um presente...
Porque com a liberdade...
De um corpo arrancado à alma...
Poderei ír...
Voar...
Até ao pé de ti...
E sorver o teu perfume...
Beijar os teus lábios...
E ser feliz...
Porque existes...
Sim...
E ao pé de mim...

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