Livro "Quimeras Desconcertantes"

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Vagabundo



Aqui estou...

Perguntas-te por mim...

Perguntas-te onde estou e onde ando...

Ando a enlouquecer-te...

Cavo a minha sepultura...

Já te enviei a minha carta de adeus...

Nela foram as minhas lagrimas...

Nela foram os meus sonhos...

Nela foram todas as nossas recordações...

Agora que aqui estou...

E sei te louca...

A procura do que ja nao te pertence...

A deus foi entregue...

A deus foi sepultado...

A alma do teu guerreiro...

Ela ja jaz...

E ainda nem enterrada esta...

Cavo eu...

A minha sepultura...

Ouço-te gritar...

E já não tenho lágrimas...

deixei-tas todas em testamento...

não mais me pertencem...

agora sigo o trilho...

k o mago da morte me ofereceu...

com todo o seu carinho...

vai me acolher na sua sepultura...

acarinhar o meu corpo...

com a terra húmida...

e vai-me apagar a dor...

do coração que partis-te...

sem dó nem piedade...

e nessa carta que te ofereci...

como oferenda da minha morte...

tb te digo...

que ganhas-te o prazer...

do teu olhar...

nunca mais se cruzar com o meu...

e assim nunca mais vais ter de descruzar...

o teu olhar do meu.




Um comentário:

Anônimo disse...

Mas eu quero cruzar o meu olhar no teu...quero morrer se for preciso...sim,pergunto-me sempre onde andas...enlouqueço de tanto pensar em ti,de tanto te desejar,de tanto sofrer...grito em silêncio,choro baixinho...tu partes o meu coração...