Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 11 de junho de 2012

..até ao amanhecer...


Guitarras a tocar,
violinos a entoar,
e os corpos a dançar.
Apaixonados amantes,
a tocar magia,
na noite de luar,
até uma noite eterna,
que de eterna,
só tem o amanhecer,
esse que entoa,
como fim de comunhão,
aos errantes dos prados,
a fazer amor,
e a Eva entoar a Adão,
que o pecado foi a ilusão,
dos beijos tardados,
na busca da canção,
na busca da batida...
...UM POUCO...
de ti e de mim...
nesta dança serena,
perdes-te e eu já me perdi,
até o som entoar...
até o sol nascer,
ás 3h da manhã a marcarem passo.
E nessa dança,
de fogueira ardente,
que permanecem as memórias tardias...
de quem não quer acordar,
de quem não quer dormir,
e num momento...
quer se prender,
num momento quer parar.
E VIVER VIVER VIVER...
a amar...
a sonhar...
nos lábios perdidos...
nos lábios almejantes...
de sedução...
e quando pensares...
Que estás a viver a eternidade,
a eternidade é te roubada,
a eternidade desaparece,
e o vazio te acompanha,
na necessidade do momento...
na necessidade do sonho...
na necessidade de ser mais além...
seja o que isso for,
seja o que isso pareça...
e só saber...
que naquele momento,
cravas-te a ouro,
nas rochas do rio,
as palavras da eternidade,
as palavras do sonho,
as palavras da verdade...
SOBRE AQUELE MOMENTO.
O momento...
que era eterno...
só até amanhecer...
um momento...
que era eterno...
até a vida voltar a correr,
e a magia ir descansar...
para nunca mais se voltar a encontrar...
e no desfolhar dos momentos...
que te achei...
mais rapidamente...
te perdi...
e desorientado...
te procuro...
te anseio...
te vivo...
ansiando te encontrar...
E RENASCER.
NO ETERNO MOMENTO.
mesmo que só até ao nascer do sol...

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