Livro "Quimeras Desconcertantes"

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prego-me na Cruz


Afinal quem sou,
Descrevem-me como artista sem arte,
Mago sem magia,
Atiram-me muro abaixo,
Do castelo que construi,
Roubam-me o meu oitenta,
Reduzem-me ao oito,
um triste oito…
nada valho e nada fica por dizer,
a submissão é a adjudicação…
por mais profunda,
por mais espelhado que me veja…
absorvem-me a energia,
queimam-na nas fogueiras públicas,
em rodas de bruxas,
onde as meretrizes lançam risos baixinhos,
risos atrozes, mordazes e fogazes,
prego-me na cruz.

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