Livro "Quimeras Desconcertantes"

domingo, 13 de julho de 2008

Percorro e desfolho...

Percorro e desfolho... vezes sem conta os teus traços... Tento os pintar na minha mente, mas não preciso,... O teu olhar pernoitou por cá, e agora perdi a minha alma, perdi o coraçao... Ele andou perdido, anoitecido nuns rochedos, onde gritou pela morte como se ela fosse a unica vida que o poderia ainda abençoar... Lagrimas correram enquanto as estrelas me tentavam brilhar... Estrelas no céu riscavam como se quizessem algo desenhar, e uma quarta vela ficou por abençoar num qualquer altar... Agora avisto brilhos que não existem, brilhos que parecem querer me encantar a alma como o canto da sereia nesta névoa que não tem fim... Vou jogar me neste mar... vou sentir a sua água gelada... Sentir que estou vivo... que o brilho existe, que o mundo me sorri por uma boca de carmim. E desfolho todos os perfumes que me levem até ti... desfolho todas palavras ditas pela tua boca... E simplesmente... amo... amo o jeito... o olhar... o som do breve andar... Fixo te de uma ponte... enquanto te envolvo com a nevoa deste amanhecer... Onde esta aquele olhar que espero tanto focar...

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